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Seguindo o embalo dos 60's Nuggets que saíram nos anos 70 e que ganharam consideráveis reedições, a Rhino lançou em 1996 "Cowabunga! The Surf Box", a melhor compilação do que se produziu em matéria de surf music nos EUA entre 1961 e 1967, nos 3 primeiros cedês, e um 4° volume com o estilo turbinado pelo punk/pós-punk entre 76 e 96.

Aos desavisados, surf-music não quer dizer necessariamente "som de surfista", mas sim, o primeiro grande "boom" do rock instrumental deflagrado por Dick Dale, na California de 1961, com sua gravação de "Let's go Trippin'" e que serviu de influência para muita gente de peso, como por exemplo, o lenderário Jimmy Hendrix. Aliás, Dick Dale foi o primeiro grande "endorser" da Fender, tanto que ajudou a desenvolver o amplificador Fender Twin como é hoje, e também a própria Strato foi desevolvida para suportar sua pegada cavalar.

Desde seu início, o estilo mostrou que veio para ficar, embora essa idéia seja desmentida pela grande mídia de massa, já que o seu legado tem se perpetuado através dos anos, não por meio de revivalistas, mas por artístas das mais diversas correntes, uma vez que a surf music foi uma das primeira grande manifestação do que um dia haveríamos de chamar de "world music" ou de "fusion" em sua forma mais pura, longe das prolixidades que hoje infestam e deturpam o bom gosto.

Anos antes d'os hippies adotarem a cítara indiana, o pessoal da surf music já fazia suas experimentações com música árabe, judaica, flamenca, eslava, oriental etc. Isso, sem falar na inconteste influência do jazz e da música erudita, nítida em muitos discos "temáticos" dos Ventures e de Takeshi Terauchi, com inúmeras releituras para clássicos de sempre.

Graças à surf music, um novo universo de influências se abriu no rock'n'roll. Por exemplo: os Beach Boys que, graças à mente visionária de Brian Wilson, transcenderam as fronteiras de um estilo sem fronteiras, mas que até então tinha seus limites. Gravaram inúmeros clássicos que conjugavam harmonias vocais de "doowop" à pureza das guitarras Fender enxarcadas no reverb de amps à válvula. Todos os Beach Boys eram grandes músicos, sim. Mas apenas ao vivo! No estúdio, se encarregavam somente de fazer os vocais e alguns intrumentais básicos que o maestro Brian Wilson usava como guia para seus overdubs, os quais eram brilhantemente executados pelos melhores músicos de estúdio da época, como Glenn Campbel (guitarra), Carol Kaye (baixo) e Hal Blaine (bateria), que aliás, aparecem em quase todas as faixas dos 3 primeiros cedês deste box!

Embora a caixa tenha sido idealizada e compilada ao longo de muitos anos, o projeto só veio à tona graças ao sucesso do filme Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, em 1994, cuja trilha sonora consistia, em grande parte, de petardos da surf-music (Dick Dale, Lively Ones, Link Wray, The Revels, The Tornados etc).

Além de Dick Dale, a caixa também conta com muita coisa dos Ventures (o primeiro grande nome de Seattle!), dos Beach Boys, dos Lively Ones, do Trashmen, dos Bell-Airs e de mais uma renca de pesos pesados.

A propósito, para quem quiser conferir o verdadeiro rock instrumental...
neste site tem o box inteirinho para baixar como mp3 com qualidade de 320kbps!!!!

3 Comentario para COLUNA ALTERNATIVA: "COWABUNGA: THE SURF BOX" por Max Merege

Anônimo
30 de julho de 2008 às 09:22

Massa o texto Max! Fiquei curioso para conhecer o "verdadeiro rock instrumental".Baixarei agora!
abraços!

Anônimo
30 de julho de 2008 às 13:15

Idem Bruno!! Já sou fã das colunas alternativas!! Max, ótimo texto! Parabéns a todos!!!

Anônimo
31 de julho de 2008 às 14:47

Muito legal!!!
Já tô até baixando aqui!

Mas só tem um defeito: tá com muito erro de português!!!!!!!!!

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