A vida como ela não é.
Estava eu pensando sobre todas essas manifestações artísticas e objetivos da OCT, como calendário de eventos, funções logísticas e todas essas burocracias que insistem em esquentar nossas cabeças e gerar horas de reuniões, até que então resolvi pensar mais longe. Afinal, lutamos em prol do que? O que nos motiva para que tantos lutem por algo em comum? Coletividade? Teoria Contratual? Positivismo? Foi um bom começo, mas ainda foi um pensamento que foca a busca pelo resultado, algo ainda superficial, bruto, sem pretensões históricas quanto a origem. E então comecei a cavar o poço para ver o que tinha além dos fungos no fundo. Foi então que uma pergunta idiota me alavancou o pensamento:
"Para que serve a arte?"
...
Alguns minutos depois, nada havia sido esclarecido no meio deste turbilhão mental que mais parece mistério de final de novela. E uma pergunta tão simples... É como aquelas coisas que todos sabem o que são, mas que ninguém ousa definir.
Senti que não iria muito longe nesta procura por definições. Se Deus existe, arte é divino e também não tem explicações plausíveis, talvez apenas algumas comparações mal feitas. Se nos aventurarmos em uma afirmação dada como chute, ponta-pé inicial de uma partida sem fim, me arrisco a dizer que a arte busca o sentimento que existe em uma espécie de segunda personalidade adormecida, algo como o subconsciente (Sem pretensões científicas).
No olhar crítico que tento ter, a arte é como o espelho de uma vida almejada, mas que quase nunca é vivida no cotidiano. Arte é como Shopping Center: A maioria vai ao Shopping com roupas novas, maquiagem e trejeitos incomuns ao cotidiano, como num mundo paralelo ao real.
Desde a roda Punk, passando pelo choro causado por uma música comercial, ou até mesmo o repúdio a um quadro de horror, a arte é como o gatilho que dispara os pleonasmos mentais e mantém acesa a chama de uma vida metafórica, um sonho de ser algum dia tudo aquilo que se vê num filme bem feito, ter a vida vista com trilha sonora, ou ser como aquilo que leu sobre o ídolo numa revista de fofocas.
A arte é de outro mundo. E quem faz arte acaba sendo Deus.
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(Bruno/Pleyades)