PÁGINA EXTRAVAGANTE: Empregados franceses ressuscitam a 'tradição' do sequestro de patrões!!!
Sr. Richfield, um adorável patrão...
Paris, 13 abr (EFE).- Os sequestros de empresários e diretores de empresas por trabalhadores, algo que tem certa "tradição" na França, proliferam com a crise, o que inquieta os patrões e incomoda os sindicatos, ao passo que polariza as posições entre direita e esquerda no debate político francês.
Um dos casos mais recentes é o de três diretores do grupo de autopeças Faurecia, que foram "retidos" - segundo os termos usados pelos delegados sindicais - entre quinta-feira e sexta-feira no complexo de Brières les Scellés, onde haviam ido para negociar detalhes de um plano que cortará 1.215 empregos na França.
A primeira vítima desta série foi o responsável pela Sony na França. Foi "retido" no dia 13 de março e passou uma noite na fábrica de Pontonx sur l'Adour. Doze dias depois, foi a vez do presidente da companhia farmacêutica 3M em Pithiviers.
Neste mês, os escolhidos foram o diretor da Caterpillar em Grenoble e quatro diretores do fabricante de adesivos Scapa na fábrica de Bellegarde-sur-Valserine, ameaçada de fechamento.
Isto levou os patrões a apresentarem uma declaração conjunta de suas três organizações de classe e a manifestarem "sua preocupação pela evolução do debate", pedindo a todos os responsáveis políticos e econômicos que "respeitem o princípio da legalidade, base de uma sociedade democrática".
"Seja qual seja a gravidade das situações, não se pode aceitar" o descumprimento da lei, destacaram o Movimento de Empresas da França (Medef), a Confederação Geral de Pequenas e Médias Empresas (CGPME) e a União de Pequenos Artesãos (UPA).
As três reconheceram que a crise atual "gera muitos sofrimentos para os assalariados, certamente, mas também para os empresários" e disseram que todos devem trabalhar para responder aos conflitos sociais "com a negociação livre e consentida entre as partes, com a intervenção dos poderes públicos e, se for o caso, recorrendo à Justiça".
O presidente da CGPME, Jean-François Roubaud, pediu na sexta-feira ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, para que ponha em prática seu compromisso de deter "estes atos fora da lei com instrumentos para deter estes sequestros".
Na terça-feira, Sarkozy declarou que a França é "um Estado de direito, no qual a lei é aplicada".
Os sindicatos estão diante uma situação embaraçosa na medida em que seu papel institucional nos conflitos pode perder a legitimidade, mas alguns deles dizem que empresas as quais não praticam o diálogo ou que têm comportamentos socialmente inaceitáveis são as culpadas por essas reações.
Bernard Thibault, secretário-geral do maior sindicato francês, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), declarou na sexta-feira que alguns trabalhadores têm que recorrer a "formas de ação espetaculares" para serem ouvidos.
Thibault acrescentou que isso é "consequência direta das atitudes do chefe de Estado e de Governo, que minimizaram até agora o descontentamento e a mobilização".
A Confederação Francesa de Trabalhadores (CFDT), conhecida por seu reformismo, condenou seu secretário-geral, Jean-François Cherèque, e os sequestros.
Entretanto, para a CFDT, os sequestros são um fenômeno excepcional que já tinha ocorrido no passado e acrescentou que "não é bom que os responsáveis políticos polemizem" a questão.
"A violência não interessa aos assalariados. Ela faz duvidar da legitimidade de sua luta", disse o "número dois" da CFDT, Marcel Grignard.
Embora a questão já tivesse sido discutida antes, o assunto pulou para o âmbito político quando Ségolène Royal, ex-candidata à Presidência da França, até reconhecendo o caráter "ilegal" dos sequestros, manifestou sua compreensão com trabalhadores "debilitados e menosprezados" que assim conseguem ser ouvidos.
Para Royal, "na falta de um poder que solucione os problemas, surgem tensões nas empresas" em resposta à "violência diária exercida contra os assalariados que tomam conhecimento, por exemplo, de empresários que enriquecem em plena crise, enquanto eles perdem seus empregos".
O sequestro de empresários não é um fenômeno novo na França. Há registros de casos similares desde os anos 1970 e, antes da onda deste ano, houve seis casos a partir do ano 2000.
FONTE: Yahoo Notícias
Comentários
gostei muito do seu blog
queria deixar uma sugestão
escute este pianista chamado Rodrigo Andreiuk! www.rodrigoandreiuk.com
acho que vai gostar : )
vi este vídeo dele:
http://www.youtube.com/watch?v=g...h? v=gMAeHWZ3ayU
beijinho!
e parabens pelo blog!
Enquanto aqui 90 % dos brasileiros esperam a época das eleições para acreditarem que podem fazer política, na França os trabalhadores estão sequestrando os seus patrões...rs
Quanto a sugestão de cima, pode deixar que vou conferir sim, e valeu pelo elogio!
Abraços gerais!!!