DOMINGO LITERÁRIO: "LARANJA MECÂNICA" POR BRUNO P. RODRIGUÊS
A dica literária de hoje é uma grande homenagem que a OCT faz à Eleição dos delegados de Cuiabá dentro do Fórum Permanente das “Laranjas”, ops... quer dizer, de Cultura, à Secretária Municipal de Cultura de Cuiabá, na pessoa do ilustríssimo secretário, aos grandes empresários da cultura cuiabana e seus funcionários remunerados por “promessas”.
Nossa singela homenagem...
Laranja Mecânica, antes de mais nada, é um livro escrito por Anthony Burgess em 1962, adaptado magistralmente à sétima arte, em 1971 por Stanley Kubrick. O filme é unanimemente considerado um dos maiores clássicos do cinema mundial, com um elenco brilhante, um cenário bem futurista e subliminar, e um roteiro impar.
Normalmente, quando vemos um livro sendo adaptado ao cinema, sempre temos a sensação de que faltou algo, de que não correspondeu ao enredo original, porém, no caso de Laranja Mecânica, é o contrário, e as vezes até o inverso – afinal, quem não associa o “Laranja Mecânica” ao olhar de Alex? À Beethoven, que era seu preferido? Ao Alex cantando “Singin' in the Rain” enquanto espancava um casal? Enfim, é uma adaptação perfeita, e incansável, pois é assistida e re-assistida por mais de trinta anos (só eu já vi umas 5 vezes!), aclamada pela juventude punk da década de 70 como a “grande inspiração”!
O elenco do filme é composto por grandes atores como Malcolm McDowell (Alex), Patrick Magee (Sr. Alexander), Warren Clarke (Dim), Adrienne Corri (Senhora Alexander), Paul Farrell (morador de rua), dentre outros. O Mesmo tem tanto valor, que certa vez Stanley Kubrik declarou que sem McDowell, provavelmente nem teria feito o filme.
Uma das características marcantes do filme, se encontra no trabalho com os contrastes (garotos com cara de mau tomando leite – isso me lembra alguma coisa aqui em Cuiabá...), e na critica a “mecanicidade” imposta ao ser humano, que no caso do filme, passa pelo “Tratamento Ludovico”, em que Alex, protagonista, tem seus olhos presos a ganchos , sendo drogado, e obrigado assistir filmes com cenas de extrema violência ao som da “Nona Sinfônia” de Beethoven. Assim, ficaria incapaz, MECANICAMENTE, de praticar qualquer violência (nem de auto-defesa) e de tocar, sequer, em uma mulher. “O cristão perfeito”, segundo um dos personagens do filme. Ou mesmo, “uma verdadeira laranja”, cobaia de experiências...
Enfim, se você ainda não assistiu, não perca tempo, sites para fazer download do filme é o que não faltam. Se ainda existir alguma locadora de Dvd’s próxima a tua casa, não perca tempo, aproveite, ainda é domingo!
Gostaram da dica de hoje? Sugestões para o próximo domingo? É só encaminhar um email para ou ocavalodetroia@gmail.com ou brunojihaad@yahoo.com.br
Texto de Bruno P. Rodriguês/ Assessoria de Comunicação da OCT e vocalista do Tiasques.
Comentários
Com certeza essa foi a melhor dica literária que ja´deram nesse blog!
bjs!
seriam os escravos da volume?
escravos do Sistema...