O FIM DA BANDA "LOPES".





O rock cuiabano amanheceu hoje (sexta, 22/7) orfão de uma das maiores bandas na atividade, liderada pelo músico Rodrigo Lopes. Numa nota curta e objetiva o mesmo fala da sua trajetória de 16 anos na música e cita duas principais razões que o motivaram a "pendurar as chuteiras". Essa desistência, para àqueles que apreciam e valorizam o verdadeiro rock, profissional e original, é a maior perda da cena cuiabana dos últimos anos. Lopes influenciou toda uma geração de rockeiros(as), que agora estão em luto. Nós, da OCT, desejamos sucesso na nova caminhada! Abaixo, a nota:

"Venho amadurecendo essa idéia já faz um tempo, uns 06 meses mais ou menos, desde que comecei a minha formação para ser piloto de aeronave. Há uma semana atrás conversei com os meus companheiros de banda e, eles entenderam meus motivos e, não se opuseram, atitude que tornou a ação mais tranqüila. Os motivos são vários, mas, vou citar pelo menos dois, os principais e fundamentais:


1°- Preciso estar com a minha cabeça pelo menos 90% vazia (já que 100% é impossível) para poder me dedicar a aviação, que a partir de agora será a minha prioridade e futura profissão.


2°- O segundo já é mais complexo, mas vamos lá. Durante 16 anos profissionalmente (pois dos 12 aos 15 foi o descobrimento), me dediquei a música na perspectiva de um dia viver (financeiramente) da mesma, nunca tive banda por hobbie, para comer menininha, pra ter acesso a drogas ou cachaça, e até mesmo para só “fazer um som”, o ultimo exemplo talvez seja o caso da maioria. Sempre me dediquei 100%, na tentativa de sempre fazer o melhor e ser o mais profissional possível. Com o LOPES, meu ultimo e definitivo projeto, estou desde 2004, ou seja 07 anos e, não vejo perspectiva nenhuma de alcançar o meu objetivo (viver de uma banda), o cenário Nacional de uma forma geral com algumas exceções é desolador, amador e desrespeitoso para com o “artista sério”. Não quero mais alimentar um sonho inalcançável. Ser independente é ser altamente dependente, o único caminho de verdade ainda é o mainstream, as gravadoras, Domingão do Faustão, rádios convencionais, MTV , etc. Mas esses com certeza só querem um rosto bonito que faça uma musica bem idiota, para agradar um povo mais idiota ainda, que é o Brasileiro (não é a toa que mais de 80% dos candidatos não passaram no teste da OAB, a trilha oficial hoje dos universitários é o “SERTANEJO UNIVERSOTÁRIO”). E assim resolvi dar um basta e abrir mão de um projeto que investi durante 07 anos, o LOPES. Desde já quero agradecer demais a todos que de uma forma ou de outra sonharam comigo, em especial minha esposa Caroline e meus companheiros de banda Rubão Lisboa, Danilo Sossai e não menos Ricardo Felippo. Sem drama nenhum, acreditem, não levo magoas e nem acho que foi “TEMPO PERDIDO”, mas, minha trajetória na música acaba aqui, pelo menos em banda, fazendo show, estou pendurando a chuteira, passando o bastão, e que venham as próximas gerações.

Resolvi escrever para evitar disse que disse e, para não ter que explicar para um por um isoladamente. Não vou mais conversar sobre esse assunto, o mesmo está sepultado. Lembrando que, o Estúdio Riff (ensaio, gravação e locação) continua firme e forte. "


Abraço


Lopes.

Comentários

Anônimo disse…
Com certeza não foi jogado fora todo essa luta do LOPES, pois muitas bandas se inspiram em seu som, Rock puro, básico, pesado e super profissional, todos nós (Roqueiros) só temos que agradecer toda a sua contribuição para a cena Rock Cuiabana!!! que o Rodrigo consiga tudo o que ele almeja, pois ele é ótimo em tudo o que faz!!!! Sucesso em sua nova profissão!!!

Grande Abraço!

Maruca - Anhangá
Anônimo disse…
é trágico!o play boy não conseguiu o tão sonhado sucesso,fama e dinheiro!e taco o foda-se pra banda para ser piloto de jato!kkkk ótimo desfecho para uma das melhores bandas de cuiabá!
TEquitos disse…
influenciou toda uma geração de rockeiros???

DA ONDE ISSO?
TA LOCO?
Bruno Rodrigues disse…
rs Não aguento essa gurizada com dor de "CUtuvelo"... Cuiabá não deixa de ser um "limbo musical" justamente por isso: por essas invejinhas e briguinhas que fazem todos andarem em circulos... E sobre a frase, apenas relatei uma impressão que tive enquanto banda e agente do meio.

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