Domingo Literário - Silvya Plath – suicide tendence.


Uma poesia atormentada. Uma poeta suicida. Isso já bastaria pra falar de Silvya Plath. Os poemas mais conhecidos estão no livro Ariel, publicado dois anos depois de sua morte e foram, na maioria, escritos nos seus últimos meses de vida. Durante o final da década de 50, Sylvia Plath era considerada uma escritora completa, porém alternativa, vivendo à sombra do talento do marido, o poeta inglês Ted Hughes. Escreveu um romance angustiado, The bell jar (1963), publicado sob pseudônimo, dias antes de morrer.

Por expressar raiva e dirigi-los (os poemas) praticamente contra os homens, como em Daddy (Papaizinho), Plath foi canonizada pelas feministas durante as décadas de 70 e 80, que usaram indevidamente sua obra para suscitar polêmicas. Quando esse fanatismo passou, pôde-se perceber que sua poesia era realmente única, dotada de um misterioso jorro de eloquência poética.


Hoje, Sylvia Plath ainda provoca polêmicas nos jornais americanos e ingleses. Fazem-se acusações a seu marido. Mas todos ficam estupefatos com a essência fugaz de sua arte, como diante de um monte de cinzas após uma noite de grande festa, como se o vento do entusiasmo tivesse levado uma geração à beira de uma praia, incapaz de abordar essa vida adulta que todos haviam deixado de levar em conta.

Silvya Plath, a poeta.

Um trecho de “canção de amor da jovem louca”:
“Imaginei que voltarias como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)
Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior de minha mente.)”

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