INFORME CONTA-GOTA OCT: ALGO NÃO VAI BEM NO INDIE ROCK BR
Era inevitável e talvez tenha sido até um pouco de inocência da partes destas linhas rockers online, não ter percebido antes o que você vai ler a partir de agora. Uma incômoda fogueira de vaiadades e uma até certo – ainda – velada guerra de egos e de poder começa a se imiscuir na até então unida cena musical independente brasileira. Esse movimento, na verdade, começou a ser detectado na última edição da revista Rolling Stone (a que tinha a nossa amada deusa louca na capa, a Amy Winehouse), quando a repórter Adriana Alves (que acaba de sair da revista) publicou a matéria "Festivais em movimento", onde se dizia que algo não ia bem dentro do hoje consagrado calendário anual de festivais alternativos brazucas. Entre outras revelações, o texto dava conta de que a hoje poderosa Abrafin (Associação Brasileira de Festivais Independentes) começava a sofrer críticas das bandas participantes dos eventos organizados e patrocinados pela Associação. As queixas mais comuns: falta de pagamento de cachê a boa parte dos grupos que participam dos festivais, além de uma "brodagem" na hora de compor as escalações dos eventos, privilegiando sempre determinadas bandas e colocando outras na "geladeira".
Isso foi a parte vísivel, jornalisticamente falando, do problema. Quando esteve há duas semana no Acre, acompanhando a quarta edição do festival Varadouro (que, de resto, foi um sucesso em termos artísticos e de público, além de um modelo de organização), Zap’n’roll viu pessoalmente que esta guerra de egos já está tomando contornos bem maiores do que aqueles apontados pela matéria da Rolling Stone. Bandas que eram amigas e compartilhavam da mesma postura política, ideológica e artística, de repente se viram em lados opostos do ringue e passaram a sequer se cumprimentar – caso do cuiabano Macaco Bong e do acreano (hoje, radicado em São Paulo) Los Porongas.
ÍNTEGRA:
http://dynamite.terra.com.br/blog/zapnroll/post.cfm/a-fogueira-das-vaidades-assombra-a-indie-scene
Comentários
"Talvez esta cena esteja já grande demais e aí, como bem observou um dos músicos que participaram do festival Varadouro, talvez esteja na hora de uma outra cena sair dela, para combater aqueles vícios e males que julgávamos estar presentes apenas no eterno – e hoje moribundo – mainstream musical brasileiro
" Joguei o texto sobre o Vanguart no Google Translator e, pelo que deu pra entender, o resenhista simplesmente achou a banda genérica demais, sem nenhum diferencial. Em nenhum momento ele diz que, por se tratar de uma banda brasileira, esperava que os caras tocassem samba ou qualquer coisa do tipo. Ele só falou a verdade: o Vanguart não tem e nunca teve nenhum diferencial. É só mais uma banda. Isso pode ser suficiente pra se destacar na cena indie brasileira, mas é só.
Já sobre a tal fogueira das vaidades, a principal coisa que se precisa ter em mente no que se refere ao tal Espaço Cubo é o seguinte: o Capilé e os caras do Macaco Bong são POLÍTICOS. Não são produtores culturais nem músicos nem nada disso, são políticos usando a cultura pra atingir os seus próprios objetivos. Não adianta as bandas cuiabanas que ficaram de fora da panela (e tirando o MB e o Vanguart, TODAS ficaram de fora da panela) reclamarem que o Cubo só se preocupa com os seus próprios interesses e mais nada. Os caras não têm compromisso nenhum com a música; o compromisso deles é tirar o próprio pé da lama, arrancando o máximo possível de dinheiro público, no que aliás eles são muito bons. Mas só acredita que o tal Cubo tem interesse em revitalizar a música e a cultura quem quer acreditar, ou quem quer entrar na festa e poder também mamar nas tetas do governo.
ah!... escute no talo...
http://www.myspace.com/partenzarock
bjs
Bom saber que a realidade do Mato Grosso não é muito diferente da nossa, nesse ponto. Não estamos sós, brother! E principalmente: podemos andar com nossas próprias pernas...
Abraço
Chico Mouse - Camundogs
O que acontece em Cuiabá há mais de 5 anos, é o que está acontecendo a nível de Brasil, na atualidade, com a grande COORPORAÇÃO chamada ABRAFIN e o circuito Fora-do-eixo.
Como mesmo foi dito na matéria, é hora de nascer "outra cena", mas discordo que tenha que ser de dentro da ABRAFIN, pois já nascerá com um Cancer, chamado "centralização", a mesma característica das antigas gravadoras do Mainstream. Temos que repensar tudo e inverter a lógica de prioridades, pois mais vale uma cena auto-sustentável, do que grandes Festivais "condicionados" por dinheiro público.
No mais, estamos juntos nessa luta sim Chico e parabéns pela banda!
Um forte abraço!
Bruno P. Rodriguês/Tiasques e OCT.
Esse circuito está cada dia mais decadente e é notório que muitos trabalham para que poucos privilegiados cresçam.
Espero que essa garotada acorde depois de tantas críticas e acontecimentos. Finalmente a verdade começa a aparecer e que pelo menos alguns entendam a minha posição nessa história toda, pois fui difamado aos quatro cantos da internet por aqueles que dizem tanto ser os maiores agregadores da cena.
A culpa é minha e eu coloco em quem quiser.
Eles me chamam de louco
E estão se destruindo pouco a pouco.
É isso aí Chico, estamos todos juntos.
Abraços a todos.
Vocês serão sempre muito benvindos nos eventos da OCT, do MANDALA e de quem quer que seja contra essa palhaçada do espaço C*BO !
UM GRANDE ABRAÇO.