Posted by Bruno Rodrigues Categories: Marcadores: , , ,

É com muita alegria e prazer que hoje resenho uma das jóias do “Álbum Folhetim” – projeto de gravação e composição do músico e poeta Caio B., vocalista da banda Males de Anto. O próprio nome da canção é um verdadeiro enigma: “Navios fantasmas”. A sensação que temos é que vamos decifrando-o na medida que avançamos a leitura e nos sintonizamos com a melodia, minuciosamente elaborada.

Portanto, dado o primeiro passo, que foi o de associar as palavras à harmonia, chegamos às imagens contrastadas que a letra nos proporciona: um homem errante em um busca de uma liberdade que não é medida por gestos, palavras, ortodoxias. Aquela liberdade de um “cavaleiro errante”, de um nômade que anda conforme o vento, os seus sentimentos... Ao mesmo tempo que fala e deseja a tristeza de um palhaço que evita manchar sua maquiagem com lágrimas, aspira o sentido da vida alcançado por um suicida – numa conotação ala Shopenhauer... A síntese, enfim, é a imagem de um palhaço embarcando num ‘navio fantasma’ rumo ao desconhecido...

Não Querendo correr o risco de tornar esta resenha cansativa, mesmo porque as palavras são poucas face aos devaneios e possibilidades advindas desta “jóia”, sem mais delongas, deixarei o leitor em contato direto com a letra e, mais abaixo, o link para download. Então, boa leitura e audição!

Navios Fantasmas

(Caio B.)

Só quero a liberdade dos navios fantasmas.
Que se lançam ao mar incertos, na vaguidão.
Que o imenso mar nos oferece.
Como recompensa pela nossa pequeneza.

Quero a tristeza de um palhaço
se maquiando.
Cuidando pra que as lágrimas
não manche a pintura desbotada.

Quero toda a hipocrisia das religiões
A ALEGRIA fugaz dos foliões também.
Sou egoísta , quero tudo pra mim.


Quero o sentido da vida
de um suicida.
Quero toda lida de trabalhador
desempregado,
Quero o seguro desemprego de algum juiz
foragido.
Quero a liberdade
de um mendigo.

Salvar minha alma
com um Best Seller de algum mago.
Sem magoar ninguém queria pedir perdão
Sem perdoar ninguém queria dizer adeus...
A deus...


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