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Tenho uma novidade para vocês! Todo sábado vou trazer algo diferente e curioso, quem sabe salgo para fazer refrescar a cabeça ou mesmo te fazer parar um instante para pensar um pouco. E o que estou fazendo aqui? Estou andando "contra a correnteza".

Meu nome é Mikhail Baraniuk de Queiroz, sou o novo colaborador do blog e também auxilio nas artes de alguns eventos. Acredito na proposta da união de musicos ou bandas e quando isso realmente acontecer cuiabá será o palco de uma "nova onda".

Uma de minhas ocupações é "saber onde estou e para onde vou". Por que não adianta nada você ser como todos são. Não podemos ser "industrializados", fabricados em série, temos que ser diferentes por dentro e defender o que realmente acreditamos, fazer a diferença! Temos que ter moral e ser concientes.

Este post é para pensar, depois irá entender o que significa o titulo do post, exponho aqui visões de um homem que idealizou o nosso presente em 1948. Ele não viajou em uma maquina do tempo pra contar isso e também não precisamos pensar muito do que será o nosso futuro de agora em diante.

Boa Leitura!

GEORGE ORWELL 1984 (ORIGINAL 1948)

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (título original Nineteen Eighty-Four) é o título de um romance escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudônimo de George Orwell e publicado em 8 de Junho de 1949 que retrata o cotidiano numa sociedade totalitária. O título vem da inversão dos dois últimos dígitos do ano em que o livro foi escrito, 1948.

O romance é considerado uma das mais citadas distopias literárias, junto com Fahrenheit 451, Admirável Mundo Novo, Laranja Mecânica e Nós. Nele é retratada uma sociedade onde o Estado é onipresente, com a capacidade de alterar a história e o idioma, de oprimir e torturar o povo e de travar uma guerra sem fim, com o objetivo de manter a sua estrutura inabalada.

Orwell lutou contra as forças fascistas durante a Guerra Civil de Espanha. Embora este seu trabalho tenha sido por muitos interpretado como espelho de uma desilusão com as ideias comunistas, essa visão foi desmentida por Orwell.

No livro conta-se a história de Winston, um apagado funcionário do Ministério da Verdade da Oceania e de como ele parte da indiferença perante a sociedade totalitária em que vive, passa à revolta, levado pelo amor por Júlia e incentivado por O’Brien, um membro do Partido Interno com quem Winston simpatiza; e de como acaba por descobrir que a própria revolta é fomentada pelo Partido no poder. E também de como, no Quarto 101, o chamado “pior lugar do mundo”, todo homem tem os seus limites.

A trama se passa na Pista No. 1, o nome da Inglaterra sob o regime totalitário do Grande Irmão (no original, Big Brother) e sua ideologia IngSoc (socialismo inglês), e conta a história de Winston Smith, funcionário do Ministério da Verdade, um órgão que cuida da informação pública do governo. Diariamente, os cidadãos devem parar o trabalho por dois minutos e se dedicar a atacar histericamente o traidor foragido Emmanuel Goldstein e, em seguida, adorar a figura do Grande Irmão. Smith não tem muita memória de sua infância ou dos anos anteriores à mudança política e, ironicamente, trabalha no serviço de rectificação de notícias já publicadas, publicando versões retroactivas de edições históricas do jornal The Times. Estranhamente, ele começa a interessar-se pela sua colega de trabalho Julia, num ambiente em que sexo, senão para procriação, é considerado crime. Ao mesmo tempo, Winston é cooptado por O’Brien, um burocrata do círculo interno do IngSoc que tenta cooptá-lo a não abandonar a fé no Grande Irmão.

De fato, Mil Novecentos e Oitenta e Quatro é uma metáfora sobre o poder e as sociedades modernas. George Orwell escreveu-o animado de um sentido de urgência, para avisar os seus contemporâneos e as gerações futuras do perigo que corriam, e lutou desesperadamente contra a morte – sofria de tuberculose – para poder acabá-lo. Ele foi um dos primeiros simpatizantes ocidentais da esquerda que percebeu para onde o stalinismo caminhava e é aí que ele vai buscar a inspiração – lendo Mil Novecentos e Oitenta e Quatro percebe-se que o Grande Irmão é baseado na visão de Orwell sobre os totalitarismos de vária índole que dominavam a Europa e Ásia na época. Stalin, também Hitler e Churchill foram algumas das figuras que inspiraram Orwell a escrever o romance.

O Estado controlava o pensamento dos cidadãos, entre muitos outros meios, pela manipulação da língua. Os especialistas do Ministério da Verdade criaram a Novilíngua, uma língua ainda em construção, que quando estivesse finalmente completa impediria a expressão de qualquer opinião contrária ao regime. Uma das mais curiosas palavras da Novilíngua é a palavra duplipensar que corresponde a um conceito segundo no qual é possível o indivíduo conviver simultaneamente com duas crenças diametralmente opostas e aceitar a ambas. Os nomes dos Ministérios em 1984 são exemplos do duplipensar. O Ministério da Verdade, ao rectificar as notícias, na verdade estava mentindo. Porém, para o Partido, aquela era a verdade. Assim, o conceito de duplipensar é plausível a um cidadão da Oceania.

Outra palavra da Novilíngua era Teletela, nome dado a um dispositivo através do qual o Estado vigiava cada cidadão. A Teletela era como que um televisor bidirecional, isto é, que permitia tanto ver quanto ser visto. Nele, o “papel de parede” (ou seja, quando nenhum programa estava sendo exibido) era a figura inanimada do líder máximo, o Grande Irmão.

No livro, Orwell expõe uma teoria da Guerra. Segundo ele, o objectivo da guerra não é vencer o inimigo nem lutar por uma causa. O objetivo da guerra é manter o poder das classes altas, limitando o acesso à educação, à cultura e aos bens materiais das classes baixas. A guerra serve para destruir os bens materiais produzidos pelos pobres e para impedir que eles acumulem cultura e riqueza e se tornem uma ameaça aos poderosos. Assim, um dos lemas do Partido, “guerra é paz”, é explicado no livro de Emmanuel Goldstein: “Uma paz verdadeiramente permanente seria o mesmo que a guerra permanente”.

Personagens principais

* Winston Smith

* Júlia

* O’Brien

* O Grande Irmão

Outras personagens

* Sr. Carrington

* Parsons

* Syme

* Tillotson

* Martin

* Jones

* Rutherford

* Katherine (ex-mulher de Winston, embora nunca divorciados)

O Partido

É o grupo que se mantém no poder através de métodos semelhantes aos nazistas, comunistas ou fascistas, entretanto, de forma explícita. O objetivo do partido não é nada menos do que o poder. O Partido é marcado pela onipresença do Grande Irmão, que ao país governa e a todos vigia.

Guerra é paz,

Liberdade é escravidão,

Ignorância é força.

— Lema do Partido

Ministérios

Os Ministérios são as principais representações do Partido, e encarregados, cada um, de manter a harmonia da ideologia do partido.

Ministério da Verdade (em Novilíngua: Miniver)

São responsáveis, ironicamente, pela falsificação de documentos e qualquer artigo que possa servir de referência ao passado de forma que ele sempre condiga com o que o Partido diz ser verdade actualmente. Por essa lógica, o Partido é infalível, pois nunca erra.

E a ironia está exactamente no facto do Ministério da Verdade, onde Winston (o protagonista do livro) trabalha, ser responsável pelas mentiras.

Ministério da Paz (em Novilíngua: Minipaz)

São responsáveis pela Guerra, outra ironia. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia. A Guerra no contexto do livro é usada de forma permanente para manutenção dos ânimos da população num ponto ideal. Uma forma de domínio também.

Ministério da Fartura (em Novilíngua: Minifarto)

São responsáveis pela fome. Em termos práticos, a economia da Oceania é responsabilidade deste. Divulgando seus boletins de produção exagerados fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Entretanto, seus números faraônicos de nada adiantam para o bem-estar da camada mais baixa da população de Oceania, a prole.

Ministério do Amor (em Novilíngua: Miniamo)

São responsáveis pela espionagem e controle da população. O Minstério do Amor lida com quem se vira contra o Partido, julgando, torturando e fazendo constantes lavagens cerebrais. Para eles não basta eliminar a oposição, têm de convertê-la. O prédio onde está localizado o Ministério é uma verdadeira fortaleza, mas sem janelas. Seus “habitantes” não tem a menor noção de tempo e espaço, sendo este mais um instrumento do ingsoc para a lavagem cerebral dos dissidentes do regime.

Termos em Novilíngua

Uma das características da novilíngua é o fato de ela ser a primeira língua a reduzir seus termos. Ao contrário das outras línguas, onde cada vez mais são anexadas novas gírias e conceitos, a novilíngua retira termos, como antónimos e sinónimos. Entre os exemplos citados no livro, se algo é “bom”, não é necessário existir a palavra “mau”, simplesmente seria “imbom”, sendo o prefixo “im-” (ou “in-”) característica antonímia da palavra. Também não é necessário existir “ótimo” ou melhor que bom, seria simplesmente “plusbom”. Se fosse melhor ainda, seria “dupliplusbom”. Outra característica básica da novilíngua é o fato de não representar pensamentos errados ou como chamadas “crimidéias”, afinal, se não era possível definir algo, seria como se esse algo não existisse.

* Duplipensar – Duplo pensamento, duplicidade de pensamentos,saber que está errado e se convencer que esta certo.”inconsciencia é ortodoxia”

* Crimidéia – Crime ideológico, pensamentos ilegais

* Impessoa – Uma pessoa que não existe mais, e todas as referências a ela devem ser apagadas dos registros históricos

O mundo do livro

No livro as nações se dividem em três grandes impérios modernos, que são grandes potências:

* Oceania – o maior dos impérios, governa toda a Oceania, América, Islândia, Reino Unido Irlanda e grande parte do sul da África.

* Eurásia – o segundo maior império, governa toda a Europa (exceto Islândia, Reino Unido e Irlanda), quase toda a Rússia e pequena parte do resto da Ásia.

* Lestásia – o menor império, governa países orientais como China, Japão, Coréia, parte da Índia e algumas nações vizinhas.

Outros terrítórios, como o norte da África, o centro e o Sudeste da Ásia e a Antártica permaecem em disputa.

Adaptações

O livro foi adaptado para o cinema no próprio ano de 1984, dando origem a um longa-metragem que tem no elenco o ator John Hurt como Winston, Richard Burton como O’Brien (em seu último papel no cinema) e trilha sonora que inclui canção do grupo Eurythmics, Sex Crime.

O programa de TV de reality show Big Brother teve seu nome tirado deste livro e dos cartazes que ornamentavam as ruas de Londres no romance de George Orwell – uma fotografia do Grande Irmão com a legenda “Big Brother is watching you” (”o Grande Irmão está a observar-te”).

A história em quadrinhos, posteriormente adaptada ao cinema, ‘V de Vingança’ (V for Vendetta), de autoria de Alan Moore e desenhada por David Lloyd se desenvolve em uma sociedade claramente inspirada no romance 1984. Tanto nos quadrinhos quanto no filme, a estética utilizada, bem como alguns aspectos do próprio governo, em muito se assemelham às descrições de George Orwell. Tanto é verdade, que o personagem V, do filme destacado, apresenta ideais românticos e anárquicos próximos aos desejos de Winston.

No filme Equilibrium temos também uma distopia que apresenta diversos traços de semelhança com a retratada por Orwell em 1984.

3 Comentario para BIG BROTHERS QUE SE CUIDEM!

20 de junho de 2009 às 11:52

Muito bom Mikhail! Tu escreve muito bem, parabéns! E seja bem vindo ao time!

"1984" é mais uma fantástica obra de G.Orwel, ao lado de "Revolução dos Bichos". Apesar de ter sido escrita em 1948, como você disse, é extremamente atual, e leitura obrigatória para entendermos o que foi o mundo no século XX.

Nunca tinha parado para pensar, mas de fato, o "V de Vingança" tem um diálogo claro com G. Orwel. Aliás, não só com Orwel, mas com vários outros autores, como J. Zerzan, Thoreau, Hakin Bey, entre outros.

Massa mesmo!

23 de junho de 2009 às 10:09

Penso que os grandes heróis nos deixaram livros nos dizendo "como proceder diante de..." para obtermos sucesso onde eles tiveram ou não. Afinal, tudo é um grande "loop", uma musica sem fim que quer nos arrastar nessa melodia fúnebre. Você já sabe, temos que quebrar o disco.

25 de junho de 2009 às 12:35

quem não gosta de ler, vale muito a pena ver o filme

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