Posted by Bruno Rodrigues Categories: Marcadores: ,



Como disse na minha última coluna, estava nos Estados Unidos visitando a NAMM e fiz também dois shows com o Sepultura, na Califórnia. No carro, escutando a rádio a satélite Sirius, com mais de 150 estações de do mundo, parei numa emissora de rock clássico, e na hora estava tocando a “Sultans of Swing”, do Dire Straits. Fiquei mais uma vez impressionado com o arranjo da guitarra feita pelo Mark Knoplfer, um assombro.

Fiquei pensando em outros grandes arranjos, não nos riffs ou nos solos, mas nos arranjos, a harmonia e o bom gosto dos guitarristas que enriquecem o tema, exlporando o instumento ao máximo, tirando o seu melhor. Então, ai vai mais uma listinha – polêmica – a dos maiores arranjos de guitarra no rock:

1- Mark Knopfler – “Sultans of swing” (ouça aqui)


O lendário guitarrista do Dire Straits… esta música foi a que colocou a banda no mapa mundial. Uma música muito original com uma guitarra fantástica, timbres únicos e virtousismo na medida certa. Nada até hoje se compara a este trabalho magistral, uma aula de bom gosto.

2 -Jimi Hendrix – “Little wing” (ouça aqui)

Uma das músicas mais tocadas do mestre Jimi Hendrix, uma harmonia simples mas que tocada à maneira “Hendrixiana” vira uma obra de arte. Ele preenche os “buracos” com incrível habilidade e mostra que ele não é só feito de barulhos e microfonias. Elle tinha também muita melodia e sentimento para tocar os acordes. De tão brilhante o arranjo da base que o solo ficou em sugundo plano na música. Aliás, nem precisava mesmo. O Stevie Ray Vaughn regravou este clássico e a sua versão respeita demais a original, afinal, impossível fazer melhor.

3- Jimmy Page – The Song Remains the Same” (ouça aqui)


O Led Zeppelin tem muitos arranjos maravilhosos de guitarra, difícil escolher um, mas acho que esta música representa muito bem o que Jimmy Page tem de melhor. Ela começa com toda força, mostrando a guitarra mais agressiva, mesclando com momentos de dedilhados que mostram a delicadeza de Mr. Page, um verdadeiro maestro da guitarra. Aqui você sente o brilhantismo e o gigantismo das guitarras do mestre.

4 – Tony Iommi – “Sabbath Bloody Sabbath” (ouça aqui)

O peso dos riffs de Tony Iommi são incomparáveis e ele representa o que de mais pesado foi feito, sem perder a beleza, a sutileza e a sensibilidade do instrumento. Nesta música Tony mostra todo o seu arsenal, aqui, mais uma vez, o solo é um detalhe, todo o trabalho do ritmo é o que de mais rico o tema possui. Ele mescla a brutal distorção com momentos de guitarra limpa, fazendo melodias com oitavas e dedilhados. Na segunda parte um dos riffs mais pesados e agressivos já compostos, fecha a música num clima que da medo.

5 – Van Halen – “Hot for Teacher” (ouça aqui)

Outro revolucionário da guitarra, depois de Jimi Hendrix, é o Eddie. Sem ele a guitarra estaria ultrapassada e nesta música, do álbum 1984 – na minha opinião o melhor deles -, ele dá um banho. Nunca antes alguém tinha tocado guitarra como ele. Aqui você ouve uma mão direita percussiva e precisa, a mão esquerda deslizando e tirando “gritos” espetaculares da guitarra. O solo é como se fosse parte do arranjo da base, de tão perfeito o encaixe. A guitarra mais livre e solta já tocada no rock.

6 – Glenn Tipton e K.K. Downing – “Victim of Changes” (ouça aqui)


Em se tratando de duas guitarras não há dupla melhor do que a do Judas Priest e aqui eles estão no auge. Este é um dos maiores clássicos do Judas, obrigatório em qualquer show. A introdução da música é feita com as duas tocando um tema, fazendo harmonias diferentes e praticamente criando um estilo de solar em duplas, técnica que eles utilizaram em várias músicas da banda. Riffs poderosos em uníssono, mesclando efeitos e alavancadas. Perfeita combinação, uma parede sonora!

7 – Steve Vai – “For the Love of God” (ouça aqui)

Aqui o solo é o arranjo da música. E que solo! Tudo conspira para que o solo seja o “tudo”. Uma odisséia que somente este “wizard” poderia conceber. Aqui se ouve notas longas, bends, alavancadas, arpejos, palm muting, tapping, escalas longas e maravilhosas. De acordo com a lenda, o solo foi gravado em um take e acredito que foi mesmo, da pra sentir a conexão de uma nota para outra, sempre crescendo na dinâmica, potência e velocidade. Majestoso!

8 – Steve Howe – “Close to the Edge” (ouça aqui)

Esta música tem quase 20 minutos, não se fazem mais música como antigamente. Que desafios gigantescos os músicos do Yes sempre colocavam à sua frente. Este arranjo pra guitarra é magistral, complexo e maravilhoso. Steve Howe traz influências do erudito, do jazz e do rock, e mistura elas como ninguém. Melodias marcantes, escalas dificílimas e performance única. É realmente um marco na guitarra progressiva.

Bom, é claro que existem muitas outras obras-primas que foram feitas na guitarra mas não da pra mencionar aqui. Na minha opinião, estes arranjos se destacam por vários motivos e neles se englobam as mais influentes maneiras de se expressar através deste instrumento mágico. E pra você, qual o arranjo de guitarra que é o melhor de todos os tempos?

Abraço, play it loud!

Andreas Kisser

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