Seguem-se aqui umas breves linhas acerca do que rolou domingo, no Espaço Silva Freire...

Ah sim, antes de mais nada, demorou um pouco para sair esta breve resenha porque tanto eu quanto uma boa parte dos que tocaram lá e ajudaram na organização, passamos esses dois últimos dias caçando o elemento que se incumbiu de cuidar da mesa de som...
Assim como ele desaparecia por incontáveis vezes para ir tomar pinga no mato, desta vez parece que ele sumiu mesmo! E tomara que nunca mais apareça e nem tampouco apodreça o propósito nobre de quem quer fazer algo bom!

Apesar da maravilhosa equipe de organização encabeçada pelo instituto MANDALA e amparada pela OCT e a ASCUM, o evento começou um pouco tarde mesmo. Em grande parte, graças ao amadorismo da técnica de áudio, que apesar de dispor de uma boa aparelhagem, infelizmente não dispunha de bons profissionais.

O "pré-começo" foi uma passagem de som com os guris do ANTIGUIDADE MODERNA que, convenhamos, têm tocado cada vez mais entrosados e com o discreto carisma de Eduardo Lamark, uma espécie de Sinatra pantaneiro. Se não me engano, tocaram umas duas ou três músicas.

A primeira turma a se apresentar de fato foi o pessoal do KALLIMA. Bons meninos que, mesmo sem um baixo, tocaram direitinho,beleza, foi divertido! Era um misto de New-Metal com algumas vertentes contemporâneas do rock. Ademais, a gurizada é gente do bem e merece uma força do público e de quem estiver afim de apresentar críticas construtivas. Foram muito educados e atenciosos com todo mundo e, sinceramente, em matéria de som, têm bastante ainda a evoluir - o que certamente não vai demorar.

Em seguida, tivemos a presença do ANGÚSTIA! (ufa, até que enfim!)
Buiú, Shanel e Teca fizeram jus ao tempo de reclusão e apresentaram um excelente gig, redondinho, perfeitamente ensaiado, como há muito o público esperava. Pauleira bem dosada que ganhou a simpatia de todos aqueles que anseiam por mais e mais apresentações!

A terceira banda foi o povo do SKARROS, mostrando que é possível, sim, fazer hardcore em Cuiabá sem precisar usar bonezinho pra trás pagando de fodão. de fato, SKARROS é a banda mais finlandesa de Cuiabá! Pauleira furiosa, no melhor estilo dos squats de Helsinki! Teve até "rodinha" no meio da arena, com muitos meninos e meninas que se refestelavam em meio a tanta porrada dançante. Enfim, uma banda que vale o esforço de deslocar de um canto a outro da cidade!

Tão logo acabaram de tocar, era para começar o TIASQUES, mas por conta das mesmas limitações da técnica de áudio, a coisa teve que atrasar um pouquinho. Até eu mesmo fui pego de surpresa ao ser chamado para o palco... bem, mas voltando à banda, rolou sim uma boa apresentação, que mais tarde renderia o assédio de muitos(as) fãs atrás de autógrafos dos músicos.

KALIMA, ANGÚSTIA, SKARROS, TIASQUES... chegou a hora e a vez do Lynhas de Montagem que, em duas décadas de estrada, se apresentaram em grande estilo, a começar pelo fato d'a técnica de áudio contar com ninguém menos que o guitarrista Danilo Barero nos botões mágicos. Tocaram sons sacramentados e ganharam efusivos aplausos por parte de muitos pais & filhos que por lá se encontravam.
E que venham mais e mais apresentações do Lynhas...

Findo o show dos decanos do rock cuiabano, sobe ao palco o trio Tocandira. Eu poderia gastar linhas e mais linhas escrevendo sobre eles, mas a coisa toda já vale para quem viu e ouviu... além de um show de técnica, deram um show de feeling, mesmo tendo que lidar com um pinguço na mesa de som. Em resumo, como já era noite, o brilho dos olhos do público iluminava o local!

Relax vem... relax vai... chega a hora do lazer!!!
Pé Rachado & Os PorraLokas começam seu SHOW!!!!
Sim, enquanto os outros simplesmente tocam, o Pé Rachado faz SHOW mesmo!!!! Extravagância até as últimas conseqüências... fodam-se os finados Mamonas e outros engraçadinhos que nascem num dia para morrer no outro e salve o mito do Chacrinha!!!! Pé Rachado & Os PorraLokas pertencem a uma estirpe mais clássica da música bem humorada. Talvez uma cruza de Cascavelletes com Ney Matogrosso, ou quem sabe um King Kurt mameluco... sei lá! Só sei que é bom demais !!!!
Pena que como o cubo de guitarra queimou, o show teve que parar na metade :(
(será que isso é praga de C*BO ?!?!)

Acabou-se prematuramente o show da corja do Pé Rachado e entrou no ar o o Branco Ou Tinto, que mesmo apesar das limitações físicas do cantor e guitarrista Wellington Moraes (problemas com a garganta), tudo transcorreu bem...
Mas o que me deixou mesmo surpreso foi o fato de 3 fãs ensandecidas terem me puxado para a cantar com elas a música "Confissões Sem Culpa". Foi honroso, sim! E espero eu poder vê-las sempre nos gigs dos guris.

Para não acabar de sopetão esta resenha, gostaria de novamente frisar um sincero agradecimento ao Instituto Mandala por ter dado esse voto de confiança para a OCT, e também quero dar um VIVA muito mais que especial para o povo do Antigüidade Moderna que, mesmo não tendo podido fechar a noite, mantiveram-se presentes o tempo inteiro (desde às 2h da tarde!!!!) e não se esmoreceram diante dos imprevistos.

Enfim, espero poder sempre ver todos pelos eventos que por aí virão!