Posted by Maximiliano Merege Categories: Marcadores: , , , , , , ,


Quem me conhece sabe que eu não sou de engolir qualquer coisa e também do quanto adoro achincalhar o rock burocrático e muitas das coisas mordeninhas também. Quando eu falo em rock burocrático, refiro-me principalmente ao rock progressivo, uma corrente pós-hippie que ganhou notoriedade na década de 70 graças às suas canções longas e maçantes, com o intuito pretensamente sinfônico, esbanjando técnica e acabando com o tesão de se curtir a música propriamente.
Bem, acontece que para toda regra existem uma ou mais exceções, e este é o caso da banda italiana Goblin.
Apenas para se situar um pouco na história, pela Europa de então, além de tantos outros estilos, ocorriam duas vertentes distintas da chamada pós-psicodelia: o progressivo inglês, marcado por bandas como Pink Floyd, Yes, EL&P etc; e o krautrock alemão, que contava com nomes da envergadura de Can, Tangerine Dream, Faust, Neu! e, é claro, Kraftwerk. Enquanto o lado inglês aludia a florestas encantadas, fadinhas, gnomos, cogumelos e toda essa bagunça bichogrilo, o alemão pautava-se principalmente na crítica à industrialização das cidades e às dimensões tecnocráticas que cada vez mais automatizavam o homem, ou seja, pautava-se em algo muito mais fundamentado que uma simples fuga alienada de tudo.
Assim como a inglesa Hawkwind (por onde passou Lemmy Kilminster) e a brasileira Módulo1000, Goblin foi um dos poucos nomes do progressivo a flertar fortemente com o krautrock alemão. Sua música não era bonitinha e nem tampouco feita para agradar grandes massas, mas ao menos passava seu recado com uma propriedade que poucos de seus contemporâneos e colegas de cena conseguiam.
Fundada por um brasileiro, o tecladista Claudio Simonetti, a banda contou em seus primeiros anos com os músicos: Massimo Morante (guitarras, vocais), Fabio Pignatelli (baixo e violões) e Walter Martino (bateria). Começou sob os nomes de Oliver e Cherry Five, até que no final de 1974 adotaram o nome Goblin, a princípio como um "moniker" (pseudônimo) para a banda Cherry Five gravar a trilha do filme "Prelúdio Para Matar" de Dario Argento. Trabalharam com músicos renomados como Giorgio Gaslini e Fabio Frizzi. A idéia pegou tão bem que, além de manterem o nome Goblin, mantiveram também uma grande parceria com Dario Argento, musicando muitos de seus filmes a partir de então.
Entre 1978 e 2000 a banda passou por inúmeras formações, parou por algumas vezes de usar o nome Goblin, mas com seus integrantes sempre trabalhando juntos em inúmeros outros projetos.
A exceção de Claudio Simonetti, reuniram-se em 2009 com sua "formação clássica" mais os tecladistas Aidan Zammit e Maurizio Guarini para diversos shows pela Europa. No último dia 23 de outubro, a banda se reuniu com o Simonetti para uma apresentação no Unsound Festival, na cidade polaca de Cracóvia. Dizem as boas línguas que até a metade de 2011 eles vêm ao Brasil. É esperar para ver e ouvir...
Um grande abraço a todos e até a próxima.

Profondo rosso


Suspiria


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ZOMBI (Industrial remix)

3 Comentario para O PROGRESSIVO INDUSTRIAL DO GOBLIN

Anônimo
8 de novembro de 2010 às 20:50

SOM DOIDO DA PORRA!!!!!!!!!!!!!

8 de novembro de 2010 às 21:26

tenho alguns discos do Goblin aqui, mais uma coletanea de trilhas sonoras de filmes italianos só com goblin.... se tiver algo me manda ai max,por favor.. sou viciado neles....

9 de novembro de 2010 às 08:33

Massa o som! Não conhecia! Mais uma pra lisa de bandas que O Max apresentou!

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