Posted by Maximiliano Merege Categories: Marcadores: , , , , ,

Todos já estamos cansados de saber que a Austrália é aquele imenso país, que, além de ter quase o mesmo tamanho do Brasil, também goza das mesmas condições climáticas que a nossa terra e, apesar de ser culturalmente ocidental, fisicamente ainda pertence ao oriente. Em termos musicais, também temos uma das mais fortes e produtivas cenas do mundo, extendendo-se do country-folk ancestral de Tex Morton e Slim Dusty até modernidades como Silverchair e The Jet, passando pelo rockabilly de Johnny O'Keefe, o mod dos Easybeats, Missing Links e Bee Gees, o hardrock de AC/DC e Rose Tattoo, o punk do The Saints e Roaring Jack, o romantismo de caras como John-Paul Young e Nick Cave e musas adoráveis como Olivia Newton-John, Nicolle Kidman e Kelly Minogue.
Paraíso dos Surfistas, não é à toa que a terra dos aussies tem uma praia chamada Surfer's Paradise. O problema é que dos anos 70 para cá, muita coisa tem se confundido nas informações que têm nos chegado sobre esse caldeirão cultural, e inúmeras publicações históricas do surf, passaram a apresentar como surf, qualquer tipo de som que fosse australiano. Exemplo disso são bandas como Australian Crawl, Men At Work, Midnight Oil, Gang Gajang etc serem tidas como surf-music só pelo fato de serem australianas. Bem, sem tirar-lhes o mérito, é válido lembrar que já rezava a velha máxima "cada macaco no seu galho", logo, o galho deles é pura e simplesmente a música pop e pronto! Eles são ótimos para o que se propõem a fazer e a coisa pára por aí!
Mas voltando a falar de surf-music, The Atlantics é o exemplo máximo do estilo na terra de Oz!
Começaram em Sidney, em 1961. Seu nome apareceu como uma homenagem a uma famosa marca de combustíveis, já que sempre fizeram rock de alta octanagem.
Bastante influenciados por Shadows, Ventures e nomes locais como The Joy Boys, Jimmy D. , The Telstars, The Midnighters etc, ganharam espaço pela originalidade, pois enquanto os demais se limitavam a copiar os já citados Ventures e Shadows, os Atlantics compunham suas próprias canções, uma vez que todos os integrantes já carregavam consigo toda uma bagagem cultural que lhes dava subsídios para a criação de peças absolutamente inovadoras, pois eram imigrantes que vieram muito pequenos para a Austrália, oriundos das mais diversas culturas do mundo. Isto lhes rendeu uma atenção muito especial por parte do pessoal da CBS australiana. Gravaram vários LPs e alguns muitos singles e EPs pela gravadora. Flertaram com a psicodelia e com o garage-punk. Em 1967 criaram o primeiro selo independente da Austrália, o Ramrod, e nos anos 70 fomentaram o aussie folk rock, sem nunca terem de fato se desviado de seu caminho.
Nos anos 70 e 80 mantiveram-se como sócios em vários negócios, mas só na década de 90 é que vieram a ressuscitar a banda, estando desde então na ativa até hoje!
Apesar de serem donos de inúmeros clássicos do surf-instro, seu maior hit ainda é "Bombora", e também, graças ao boom do gênero a partir de 1994, consquistaram um status muito maior e o respeito universal, há muito almejado.
Por hoje é isso, caríssimos. Semana que vem tem mais.

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Originalmente publicado no Caderno Folha 3, jornal Folha do Estado, 7 de fevereiro de 2010, Cuiabá-MT.


Bombora


The Crusher


1967


Saturday Night


Bombora - Delightful Rain

1 Comentario para surfando em Oz com THE ATLANTICS

Anônimo
9 de fevereiro de 2010 às 13:16

muitos videos.nao vou ver nem a metade. o testo esta bom mas isso ai acaba pesando o blog.so uma dica abs

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