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  • MAPA DO OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA:

    O Operação Cavalo de Tróia" é dono de um imenso acervo relacionado ao rock, onde são encontradas matérias relacionadas a artístas, documentários, filmes e obras literárias. Além disso, o internauta poderá acompanhar a agenda de eventos culturais que acontecem em âmbito regional (Mato-Grosso), como em âmbito nacional. Para ficar por dentro do acervo e programação, acesse a "barra de pesquisa", ou clique nos respectivos marcadores

  • Tiasques

    Ufos, barricadas, anarquia, a mente humana e seus mistérios. Eis um resumo do que vem a ser o Tiasques, banda formada em maio de 2006 em Cuiabá-MT, e que de lá pra cá vem ganhando novos fãs e trilhando seu caminho com canções autorais. Saiba mais sobre a banda no www.myspace.com/tiasques

  • Base Oculta

    Banda cuiabana formada por Tenio e Dinho Moura, Augusto, Caio B. e Jósa Souza, cuja origem data de Agosto de 2003, adepta da vertente Pop Rock. Em dezembro de 2010 lançou o CD "Vamos Nessa", que pode ser conferido no www.myspace.com/baseoculta

  • Cavernas Bar

    Cavernas Bar se trata da casa mais famosa e prestigiada na cena rock/metal cuiabana. Em torno de uma década consagra a noite cuiabana com programações semanais, onde se revezam no palco bandas locais, nacionais e até de outros países. Está localizada no Centro de Cuiabá (MT), na Av. Barão de Melgaço, em frente ao Restaurante Popular..

Posted by Anônimo Categories: Marcadores: ,

A banda Antiguidade Moderna, em parceira com a produtora Heros, está produzindo o primeiro videoclipe da banda. A música escolhida é a música “Um Belo Filme de Terror” que saiu no Primeiro EP da banda "Cena Nova" . O videoclipe, que está em fase de edição, tem a direção de Jaques Zancco e nele os integrantes da banda interpretam um roteiro baseado na letra música. O lançamento do mesmo está programado para março deste ano.

Abaixo um vídeo com entrevista com a banda e diretor do clipe.



Posted by Bruno Rodrigues Categories: Marcadores: ,



E mais uma vez a banda Branco Ou Tinto representou Cuiabá com responsá!!! Sim, acabaram se classificar em PRIMEIRÍSSIMO LUGAR para a grande final do Festival Coletânea de Bandas, na etapa São Paulo, semana passada.

O Festival Coletânea de Bandas acontece entre os meses de dezembro a fevereiro em 5 estados brasileiros: São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Nesta edição participaram 170 bandas, mas apenas 10 serão selecionadas para gravação de um CD no Hard Rock Café Bar, no Rio de Janeiro no mês de Março.

De Mato Grosso, as únicas bandas selecionadas para o Festival foram Branco Ou Tinto e Tiasques. Infelizmente a última não pode participar, por conta de problemas de saúde – “dengue hemorrágica”- que o vocalista (Bruno) teve no início deste ano.

Dia 7 de março Branco Ou Tinto embarca novamente para “Terra da Garoa”. Tudo leva a crer que voltarão com o caneco!!!

Parabéns B.O.T.!!!
Posted by Bruno Rodrigues Categories: Marcadores: ,



Nesta quinta-feira a banda Mad Sozen invadirá mais uma palco da cidade, que é o do famoso Clube de Esquina, a partir das 22:00h. A entrada é a mesma de sempre: R$ 5,00.

Clube de Esquina, para os desinformados, está localizado na Rua Floriano Peixoto, esquina com a Marechal Deodoro (atrás do CEFET).

Mad Sozen é uma banda de hard rock, associada ao “Aliança Hard N’ Heavy”. Para conhece-la melhor, basta acessar o
Posted by Anônimo Categories: Marcadores:

Algumas palavras, por serem “proibidas” de alguma forma pela sociedade (hipocrita?) são chamadas de palavras tabus. Ao referir a algum orgão genital ou nome de alguma droga, por exemplo, inventa-se um monte de sinônimos ao invés de pronunciar a maldita palavra. Quando esses “eufemismos” são próprios de um grupo a gente os chama de gíria. Por isso, ao invés de falar o nome da genitália masculina, por exemplo, as pessoas preferem codificar essa palavra tabu referindo-se a mesma com o nome de alguma fruta ou verdura. Alguém ai quer uma mandioca, cenoura, ou banana?

Então imagina uma substancia ilícita e famosa como a Cannabis Sativa, conhecida como maconha? Ganhou um monte de sinônimos entre os usuários (giria) e não usuários (palavra tabu)! Erva, mato, maria, beck, baseado e por ai vai...
A Canabis Sativa já foi usada em remédio, fabricação de cordas, tecidos, papel é tido com o cerda natural mais resistente que existe. Mas ficou mesmo famosa pelo uso dos trabalhadores mexicanos em forma de cigarros para relaxarem depois do trampo nos campos do sul do Estados Unidos. Por várias razões, algumas racistas mesmo, o baseado foi proibido e liberado várias vezes e até hoje é motivo de discussões.

Proibido ou não o baseado e outras substancias ilícitas serviram de combustível para os movimentos de contracultura das décadas de 60-70. O mais conhecido movimento foi o movimento hippie que floresceu na década de 60 e teve seu ápice e queda na década de 70. No caso deles o uso substancias ilícitas,algumas até alucinógenas, eram usadas para a expansão da consciência e, ironicamente, foi um dos pontos fracos que de certa forma degenerou e enfraqueceu esse importante movimento.

Alguns nerds da época, influenciados pelo movimento da Paz e Amor e pelas experiências de expansão da consciência conseguiram ser muito criativos e inventaram/adaptaram o uso da recém-nascida informática para o dia-a-dia das pessoas comuns, já que essa tecnologia serviam apenas para as grandes corporações e militares.

O primeiro video-game surgiu em uma base de pesquisa militar e foi evoluindo ao longo dos anos até tornar-se o que conhecemos hoje. Até começo da década de 80 os jogos de video game eram apenas de partidas de alguma modalidade esportiva ou de tiro/guerra.

Foi o designer japones Shigeru Miyamoto começou uma revolução de games; Inserir uma “história”, um fio condutor para cada jogo. Foi ele o criador do famoso Super Mario. Daí para a adaptção do RPG (jogos em primeira pessoa, que já existiam na versão não digital há muito tempo) foi um passo. Battlezone, doom, Counter Strike são exemplos desse tipo de jogos eletrônicos em primeira pessoa.

Desde seu surgimento, no inicio de 2000 e jogos Counter Strike, conhecido pela sua abreviação- CS, virou febre nas casas de jogos eletrônicos online, as famosas Lan Houses. Nesse colaborativo o jogador assume uma personagem virtual e joga online com e contra várias outras pessoas também conectadas na rede.
Uma galera do CPA curtia muito esse jogo e, em 2003, quando estavam formando uma banda de rock'n'roll rolava o impasse em relação ao nome para a banda, foi logo resolvido, por sugestão do vocalista Tênio, um jogador inveterado de CS. A banda se chamaria Base Oculta, uma referência ao hábito do jogador-vocalista de ter um lugar especifico para, junto com seus colegas jogadores, esconderem dentro do ambiente virtual do jogo.

A Base Oculta é composta atualmente por Tênio no vocal, Dinho na bateria, Max Tah no baixo e Rodrigo Brunet na guitarra e está gravando o seu segundo CD que você pode acompanhar a banda no myspace http://www.myspace.com/baseoculta e nos posts neste blog (acesse as tags ao lado).

Posted by Maximiliano Merege Categories: Marcadores: , , , , ,


É muito comum ouvirmos de vários amigos conhecedores que quem começou a tocar o pau no rock foram ingleses como Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath. No entanto, vimos que as coisas não são bem assim, já que o rock pesado é apenas um menino bastardo, revoltado e violento, cujos pais, por sua vez, são ilustres "desconhecidos"! Mas a parte mais maravilhosa disso tudo é que de uns vinte anos pra cá as pesquisas passaram a se intensificar cada vez mais, não só entre pesquisadores, mas principalmente entre os fãs, que, sedentos por animosidades cada vez mais difíceis de se encontrar e buscando desmistificar inúmeras lendas, meteram as caras foram atrás das devidas informações. Obviamente, isso ocorreu antes do advento desta maravilha chamada internet, já que através dela ficou bem mais fácil de se adquirir as tão almejadas informações e que há alguns bons quinze anos atrás precisaríamos esperar meses até que chegasse aquele cedê importado, com um maravilhoso encarte recheado de informações.
Mas voltando à pauleira... não faz muito (coisa de duas semanas), apresentamos aqui um singelo e breve review sobre o MC5 e, claro, com todo respeito devido, foi-nos possível mostrar que existiam, sim, bandas muito mais animalescas do outro lado do Atlântico (e, por que não, no resto do mundo também) que as supracitadas e todas as demais de sucesso consagrado em nosso limitado universo pop.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa...
Filhos de uma renomada professora de piano da cidade de Tacoma (uma espécie de Várzea Grande de Seattle), os irmãos Lary e Andy Paripa começaram seus experimentos musicais com amigos em 1960, tocando respectivamente guitarra e baixo, e fazendo bailinhos pelas escolas da área (aliás, este foi o começo de inúmeras grandes bandas da história do rock!), mas somente quatro anos mais tarde juntaram-se aos companheiros Gerry Rosille (piano e órgão), Rob Lynd (saxofone) e Bob Bennett (bateria) para começarem de fato a mudar a história. Surgia o The Sonics!
The Sonics foi/é uma banda que sempre teve o seu cantinho cativo na história do rock, não por ter sido um grande vendedor de discos ou por conta de experimentações de toda a sorte, mas por sua peculiariedade sonora, algo a perdurar fortemente pelo resto dos anos, em todo o mundo, e cujo reconhecimento formal só veio depois que muita gente famosa passou a citá-los como influência.
Influenciados principalmente por Little Richard e diversos tantos "malditos" como Link Wray, Hasil Adkins, Screamin' Jay Hawkins, Howllin' Wolf etc, eles incendiaram Seattle e fizeram da região o que é hoje em termos roqueiros. Sim, anos antes de Jimi Hendrix e da famigerada geração SubPop, Seattle sempre teve os maravilhosos Ventures e bandas incríveis como The Kingsmen, The Fab. Wailers, The Drastics, The Dynamics, The Regents e Paul Revere & The Raiders, mas foi mesmo com os Sonics que a coisa ganhou um sentido mais amplo e verdadeiro.
Ansiosos por passar seu recado, lançaram em 64 seu primeiro compacto com "The Witch" e "Keep A Knocking", esta última, uma regravação para o clássico de Little Richard. Localmente, seus discos se esgotaram nas vendas, já que as rádios de recusavam a tocar músicas "politicamente incorretas", cuja temática abordava assuntos "tabu", o que se estendeu para seus singles posteriores, já que as letras sempre giravam em torno de coisas como sexo e distúrbios mentais relatados em primeira pessoa ("Psycho", "The Hustler", "Boss Hoss", "Cinderella" e "Maintaining My Cool"), drogas ultra-pesadas ("Strychnine") e ocultismo ("The Witch" e "He's Waiting").
Pela Etiquette Records, gravaram uma série de pedradas sonoras, contidas nos discos: "Here Are the Sonics" (1965), "Merry Christmas" (1965) e "Boom" (1966). E em 1966 mudam-se para a Jerden Records, com a qual gravam "Introducing The Sonics", o disco mais light de sua carreira e que, segundo os próprios membros da banda, foi a pior burrada de suas vidas.
Todavia, mal se levantaram de um tombo e a mão do destino pôs-se a esquartejar a banda: Andy foi tocar com outras bandas da área, Larry foi virar professor de literatura (reza a lenda que até Kurt Cobain foi seu aluno no colegial) e Rob Lind foi virar piloto na guerra do Vietnã. Restaram Gerry Rosille e Bob Bennett, que conduziram a banda como um morto-vivo até 1972, ano em que os membros originais se reuniram para um show no Seattle Paramount, de onde gravaram o excelente disco "Live Fanz Only". Depois disso, cada qual foi levando sua vida... No começo dos 80, usando o nome The Sonics, Gerry Rosille gravou o disco "Sinderella", que mesmo contendo regravações de clássicos da banda, não surtiu o mesmo efeito e nem tampouco tinha o punch dos Sonics originais.
Em 2007, com uma formação mais próxima possível de seus áureos anos, reuniram-se para uma apresentação no Cavestomp, em Nova Iorque, um festival dedicado ao garage-punk, estilo inaugurado pelos próprios Sonics mais de quatro décadas antes. Dos membros, ficaram: Gerry Roslie (vocais/teclados), Larry Parypa (guitarra) e Rob Lind (sax); para o baixo e a bateria, Don Wilhelm e Ricky Lynn Johnson.
No ano seguinte, gravaram um disco ao vivo na BBC de Londres e fizeram sua primeira tour fora dos EUA. Contudo, sua maior glória foi ter tocado em Seattle, no Halloween, 36 anos após sua última apresentação, com Bob Bennet na bateria, para um público formado por velhos amigos e inúmeros fãs que sequer haviam nascido na época de seu boom.
The Sonics, por mais desconhecida que pareça é uma das bandas que mais influenciaram o rock nos últimos 50 anos, já que sua legião de fãs famosos se estende desde o conterrâneo Jimi Hendrix até White Stripes e Eagles Of Death Metal, passando por Dead Boys, The Cramps, Billy Childish, The Swiss Monsters, Fuzztones, Mudhoney, Nirvana, Pearl Jam e tantos outros doidos mais. Uma banda para para se ouvir à exaustão, no último volume!
Um grande abraço a todos e até a próxima.


Originalmente publicado
dia 24 de Janeiro de 2010
Caderno FOLHA 3
Jornal FOLHA DO ESTADO
Cuiabá - Mato Grosso

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BUSY BODY (live in Tacoma, 1964)


THE WITCH (Halloween 2008, com Stevie Van Zandt na guitarra)
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Clube de Esquina é um famoso barzinho da região central de Cuiabá, localizado na Floriano Peixoto, que semanalmente dispõe de uma programação diversificada, que abarca vários gêneros musicais, sobretudo, o Rock N’roll. E para que o público cuiabano, sedento de boa música, se informe mais ainda do que rola durante a semana, a direção da casa acaba de lançar o site, no qual além do calendário de eventos, comporta um item destinado à história da casa (está completando 5 anos!).

Quem ganha com essa iniciativa não é somente a direção do local, mas todo público cuiabano. Bom, então sem mais delongas, abaixo o link do site:

SITE CLUBE DE ESQUINA
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A banda mais irreverente de Cuiabá entrou em 2010 com todo gás, e acabaram de lançar mais uma música no My Space. Já pelo título a banda deixa registrada seu humor sacana: “Só penso em fuder” ( kkk). A letra é curta, mas de frases de impacto, como “Se sonho em passar no vestibular, é porque eu só penso em fuder. Se eu sonho em ganhar na Megasena é porque eu só penso em fuder....” Nem precisa dizer nada, não é verdade?! A música ainda tem uma guitarra bem marcante, um baixo bem marcado e uma pegada violenta na bateria, com viradas ‘viscerais’.

Bom, tirem suas conclusões:

My Space Pé-Rachado
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O show do Metallica na capital gaúcha marcado para o próximo dia 28 foi transferido do Estádio do Zequinha para o Parque Condor (Avenida das Indústrias, nº 1587, em frente ao Aeroporto).

A produção do evento comunicou que o Departamento de Bombeiros notificou o estádio por não estar em dia com a documentação que regulamenta o funcionamento do local.

O preço dos ingressos e o horário do show continuam os mesmos. Quem comprou entradas para os setores de cadeiras laterais será remanejado para uma nova estrutura que será anunciada na segunda-feira (18).

Ainda há ingressos disponíveis para venda para pista/arquibancada (R$ 140), cadeira (R$ 160) e pista VIP (R$ 250). Mais detalhes sobre a aquisição de ingressos estão no site da Ticketmaster.

Depois de Porto Alegre o Metallica segue para dois shows em São Paulo, SP. O primeiro acontece no dia 30 de janeiro e o segundo no dia 31.
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Grupo brasiliense chega à Capital trazendo peça premiada e espetáculos de tirar o fôlego.

Um poeta dos guetos e dos bandidos, apaixonado pelo teatro, pelos excluídos e pela liberdade de expressão. Em poucas e fortes palavras assim pode-se definir Plínio Marcos, um palhaço de circo, ator e escritor, que levava com orgulho o termo “maldito” e dizia que suas peças, escritas em sua maioria na década de 1960, sempre seriam atuais porque o Brasil não mudava. E é a partir da trajetória que envolve a censura do período militar e muita paixão pelo povo brasileiro que o Teatro do Concreto chega a Cuiabá com “Diário do Maldito”.

A peça, que estreou em 2006, é fruto de dois anos de pesquisa sobre a vida e a obra de Plínio, morto em 1999. Segundo Francis Wilker, diretor do espetáculo e um dos fundadores do Teatro do Concreto, o texto da peça não segue simplesmente a vida de Plínio, mas torna-se um pretexto pra construir com o público um diálogo vivo sobre o homem, a função da arte e o papel do artista contemporâneo. “Nós temos algumas citações de obras do Plínio como Navalha na Carne, Prisioneiro de uma Canção, Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos e Abajur Lilás”, conta Wilker.

Na peça o público tem seu primeiro impacto ao ver o cenário: é em um bar que são recebidos, local onde se discute ideias, onde se afoga as mágoas e onde tudo pode acontecer. Nesse cenário, por vezes paradoxal, é que o público vai conhecendo personagens e diversas histórias que descrevem a trajetória divertida e comovente do Poeta, assim, com P maiúsculo como o Teatro do Concreto faz questão que seja colocado. Dedicando toda uma vida à denúncia social, o Maldito pensa agora em parar de criar e, inconformados com a situação, os personagens invadem a cena para cobrá-lo. E a cobrança vem com a mesma força que o Poeta teve para escrever suas peças, tantas vezes censuradas pelos militares.

No palco nove atores e quatro músicos dividem a cena mostrando a Plínio o quanto sua força e denúncia ainda se fazem necessárias em um cenário brasileiro que pouco muda. O espetáculo, que ficou em cartaz no Teatro Oficina do Perdiz (DF) nos anos de 2006 e 2008, participou do Festival Internacional de Teatro Cena Contemporânea, em Brasília, e do projeto Galpão Convida Teatro Candango, em Minas Gerais. Em 2007 o Teatro do Concreto recebe por “Diário do Maldito” os prêmios de melhor atriz e melhor cenografia através do Prêmio Sesc do Teatro Candango e, em 2008, pelo Festival Nacional de Teatro de Macapá ganham como melhor espetáculo e melhor cenografia.

Mais Concreto – Além de três sessões do espetáculo “Diário do Maldito” o Teatro do Concreto não chega em Cuiabá para brincadeira. A peça sobre a vida de Plínio Marcos ocorre nos dias 23 (sábado), com sessões às 19h e 21h, e 24 (domingo), com sessão única às 20h, no Sesc Arsenal, todas para 100 pessoas. Porém, antes desses dias, as atividades do grupo tem inicio no dia 21 (quinta-feira), com intervenção cênica no espaço urbano em parceria com o grupo Confraria dos Atores e se repete no dia 22 (sexta-feira).

Também no dia 22, às 20h, o Sesc Arsenal é palco de “Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos”, uma leitura dramática onde é narrada a história de 25 homens enclausurados num presídio, que morrem durante uma rebelião. A história é baseada em fatos reais e foi escrita por Plínio Marcos, que deu vez e voz aos excluídos. No dia 24 às 14h30 é a vez do “Teatro em Debate”, encontro com grupos locais e lançamento da revista “entrelinhaseConcreto”, exclusiva da área teatral e o teatro contemporâneo.

Toda a programação apresentada em Cuiabá será gratuita. Essas ações serão possíveis graças a dois prêmios da Fundação Nacional de Artes (Funarte): o Prêmio Myriam Muniz, que está viabilizando a circulação do espetáculo Diário do Maldito, e o Prêmio Artes Cênicas na Rua, que viabilizará a realização de duas intervenções cênicas nas ruas de Cuiabá, em parceria com o grupo Confraria dos Atores.

Programação

21/01 -18h – Intervenção cênica no espaço urbano em parceria com o grupo Confraria dos Atores. Local: Semáforo da Avenida Getúlio Vargas na praça Alencastro

22/01 - 18h - Intervenção cênica no espaço urbano em parceria com o grupo Confraria dos Atores. Local: Semáforo da Avenida Generoso Ponce na Praça Ipiranga.

20h – Leitura dramática de “Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos”. Local: Sesc Arsenal

23/01 - sessões umas às 19h e outras às 21h - espetáculo “Diário do Maldito”

24/01 - 14h30 - Teatro em Debate - encontro com grupos locais e lançamento da revista “entrelinhaseConcreto”


20h - espetáculo “Diário do Maldito”


Dia 22 - 18h - Semáforo Av. Generoso Ponce (Praça Ipiranga).

Mais informações:

www.teatrodoconcreto.com.br

Francis Wilker – diretor do espetáculo e fundador do Teatro do Concreto -(61)9655-3300/(61)9655-3300.
Jan Moura – produção em Cuiabá – (65) 8407-1184/(65) 8407-1184
Isa Sousa – assessoria em Cuiabá – (65) 8117 1946
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Da Sucursal, Brasília - Graças aos esforços do governo e de ONGs preocupadas com o futuro de nosso país, foi localizada nesta sexta-feira, 30 de Março de 2012, a última criança que se encontrava fora do sistema escolar brasileiro. Desde 2010 - quando haviam ainda 700.000 crianças fora da escola - o esforço conjunto do governo e sociedade, o que envolveu secretarias de educação de estados e municípios, força policial, conselhos tutelares, agentes de saúde e o inestimável apoio das entidades ligadas ao comércio e à industria, vinha lutando para submeter todos àquele que é o único regime capaz de trazer a paz, pleno emprego e garantir a continuidade do consumo que tem permitido ao Brasil a possibilidade de se manter ligado ao pleno desenvolvimento.

A menor de oito anos foi conduzida para avaliação por psicólogos, psicopedagogos, assistentes sociais, psiquiatras, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, antropólogos e membros do ministério público, isso além de pedagogos de seu município, para avaliar os danos causados pela desobediência à lei que garantia desde 2009 que ela deveria ter estado longe da família e aos cuidados da escola desde pelo menos os 4 anos de idade. Apesar de tudo, parece que a menina passa bem, ainda que sua adaptação à normalidade deva levar alguns anos.

A jovenzinha, quando foi encontrada, trajava um estranho vestido florido, fora de moda e, pior, feito em casa por uma tia que era conivente com o crime. Ao invés das roupas de marca convenientes à sua idade e que valorizassem o seu corpo em formação, suas roupas insistiam em permanecer estranhamente soltas, talvez para facilitar o hábito de correr, pular e subir em árvores, o que também dificultou um pouco a sua captura. Além das roupas, sua pele exibia uma estranha coloração bronzeada que não é adequada a esta época do ano, quando a linda cútis empalidecida de nossas crianças demonstra as horas de proteção dos danosos raios solares proporcionada pelas escolas em tempo integral e pelo tempo gasto em frente do computador.

Demonstrando outra anormalidade para sua idade, seu quarto dispunha de livros e mais livros em estantes, a maioria imprópria para sua idade, incluindo livros de arte, música clássica, ciências naturais e jogos antigos. Não havia, para espanto das autoridades, nenhum video game, computador, aparelho de TV ou Cds da Xuxa, outro direito que lhe era paulatinamente negado. Suas bonecas, algo que nesta idade já não deveria mais estar ali, encontravam-se em prateleiras e casinhas, com panelinhas e roupinhas, muitas feitas pela própria menor, este último fato uma clara afronta às leis que impedem o trabalho infantil.

Do ponto de vista físico, a menor exibia uma musculatura bem desenvolvida em braços, pernas e abdome, ao contrário da encantadora flacidez e obesidade que tornam nossas crianças um exemplo rechonchudo de nosso bem estar econômico. Inquieta, a jovenzinha insistia em não ver televisão, e preferia andar de bicicleta, pular carniça, subir em muros e árvores, brincar de amarelinha, correr e brincar ao ar livre.

Outro fato que alarmou as autoridades foi o fato de não terem encontrado disponíveis na casa os alimentos próprios para a idade. Nenhuma bolacha recheada, salgadinhos, achocolatados prontos ou refrigerantes estavam disponíveis para abrandar a fome da pobre criança que se via obrigada a uma dieta restrita a frutas frescas, vegetais orgânicos, leite, queijo, legumes e cereais integrais. A ausência de um volume razoável de embalagens plásticas disponíveis, e que poderiam ter sido fonte de estímulo tanto ao consumo quanto ao hábito de fazer os úteis brinquedos de sucata industriais das aulas de arte da escola, era baixíssimo e impedia a criança de reconhecer importantes marcas e patentes fundamentais para a sobrevivência de um bom cidadão que as precisa comprar para se alimentar.

A menina, ao encontrar as autoridades que vieram lhe buscar, ao contrário do comportamento normal para a idade, que leva as crianças nessa fase ao esperado diálogo monossilábico adequado constituído dos conhecidos “não sei”, “an-han”, “só” e outras expressões afins, insistia em conversar e questionar a presença dos agentes no local. Sua linguagem demonstrava uma polidez, educação e complexidade que denotavam a fuga do normal esperado e próprio para a idade.

Em uma primeira avaliação observaram-se desvios perigosos na formação intelectual da menina, que insistia que o Brasil não foi descoberto acidentalmente por Cabral, mas que isso fazia parte de um plano imperial mercantilista. Negava que a descoberta aconteceu após uma calmaria durante uma viagem para a Índia, mas insistia na versão subdesenvolvida de que aqui antes se chamava Pindorama, que os indigenas viviam livres e fora de reservas, que não eram indolentes por natureza e que o lugar era muito mais bonito verde e selvagem do que hoje com as nossas ruas, edifícios e pujante industria automobilística. Os conhecimentos matemáticos da criança se voltavam para grandezas e cálculos não apropriados para sua idade, ao invés das noções básicas de soma e subtração e, mais grave, do uso do dinheiro, que é a única fonte pela qual se pode obter a satisfação imediata de desejos. Na cultura geral ela insistia em descrever culturas de outros países e animais exóticos, ao invés de contentar-se com os famosos carocinhos de feijão brotados no algodão e nas festas de Haloween, tão convenientes ao mercado.

A menina perdeu esses anos descobrindo o mundo, plantando jardins com seus pais, reconhecendo plantas e hortaliças que eles mesmos consumiam e que faziam parte de cerca de 40% da alimentação da família. Os armários estavam lotados de conservas caseiras, todas sem as devidas certificações do SIF, da secretaria de saúde ou com os selos de qualidade e embalagens plásticas que podem ser encontradas em nossos supermercados. Pelo menos 15 espécies de frutas e vegetais estavam assim conservados como no tempo das avós, o que coloca em risco o próprio funcionamento do mercado consumidor. A menina parece irrecuperável na sua insistência em considerar melhor o que é feito em casa ao invés do que é comprado em supermercados e sob o devido controle do governo.

Aliás a frequencia da menor a Shopping Centers estava muito abaixo do normal esperado para a idade, e ela era submetida a tardes ao ar livre e a longas caminhadas e brinquedos com criatividade, ao invés do que a maioria dos pais proporcionam a seus filhos em piscinas de bolinhas, centros de jogos eletrônicos e naquilo que mais deveria fazer parte da dinâmica familiar: o consumo de bens e as compras e lanches na praça de alimentação em família. Tardes inteiras de Shopping foram perdidas por essa pequena infeliz.

Nenhum namoradinho ou atitude pré adolescente foi exibida pela menor, mais um flagrante de como a vida dessa pequena estava privada daquilo que faz parte da normalidade das relações a partir dos oito anos. Ela insistia em exibir um sorriso constante, uma atitude ereta e uma confiança que preocupou as autoridades.

A vida da menina incluía ainda, artes plásticas, muita música tradicional brasileira, aulas de música particular, e a perda de tempo nos domingos, quando ela deveria estar descansando em frente à TV se preparando para o futuro quando saberia como desfrutar seu dia fora do emprego, freqüentando igreja e vida paroquial.

A obsessão da menina com a separação de lixo e cuidado com a água chamou a atenção das autoridades que sabem perfeitamente bem que simplesmente participar da reciclagem comandada pelas prefeituras e preocupar-se com o consumo consciente é o suficiente, desde que o consumo seja mantido e que se delegue tudo às autoridades competentes.

Os pais da menina não exibiam nenhuma preocupação quanto ao mercado de trabalho futuro da criança, e não a direcionaram no sentido de poder ela fazer parte de um intercâmbio, de idiomas aprendidos em cursos regulares e principalmente algo que lhe desse a certeza de uma carreira com sucesso financeiro: uma carreira decidida desde cedo. Ao contrário permitiam a livre expressão de seus interesses fúteis na natureza, nas longas horas em diálogo e conversas sobre a vida, história e família. Ao invés de prepararem a filha para um mundo competitivo e de mercado, insistiam os cuidadores na pueril prática da cooperação, trabalho compartilhado e solidariedade, esta última notoriamente mais uma tarefa que deveria ser sempre do governo.

Finalmente, após essa captura do último resistente às políticas públicas, parece que nos encaminhamos para um futuro livre do tolo pensar em liberdade, às custas de prejuízo ao desenvolvimento econômico, à maximização de lucros e ao pleno emprego. Depois de muito lutar, agora cada brasileiro pode pensar em uma aposentadoria segura e em dias melhores, com consumo aquecido e baixa inflação, no fundo a única coisa que interessa. Algo que nos livra de sermos eternos tupiniquins.

O caso está sendo analisado pelas autoridades que se encontram divididas sobre se enviam a mocinha para um centro de recuperação ou a congelam para exibição em um museu histórico. Os pais foram encaminhados para o devido processo judicial e devem submeter-se a um tratamento de ressocialização após a prisão, que permita a estes perigosos elementos para o sistema voltarem a se enquadrar na feliz vida do consumo apático em família.

Por Claudio Oliver

Link Original : Na rua com Deus

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Quem andou de skate entre os anos oitenta e noventa certamente se lembrará dele, afinal, mesmo não sendo um tupiniquim como nós, o cara era bem brasileiro na hora de fazer suas manobras radicais, recheadas de uma ginga malandra pouco comum à sua época. Descendo as ladeiras da californiana São Francisco ou dando rolês pelos subúrbios da cidade, Tommy Guerrero foi uma dessas figurinhas pra lá de carimbadas que animaram os famigerados vídeos da Bones Brigade (Future Primitive, The Search For Animal Chin, Public Domain, Ban This etc), dirigidos por Stacy Peralta.






Após uma bem sucedida carreira no time da Powell Peralta, Guerrero e seu parceiro de equipe, Jim Thiebaud, fundaram no início dos noventa sua própria marca, a Real Skateboards. O negócio deu tão certo que Tommy Guerrero pôde, finalmente, dedicar-se com mais afinco à sua outra grande paixão: a música.
Por um bom tempo, tocou sua guitarra na banda de hardcore Free Beer e em seguida integrou uma outra chamada The Jet Black Crayon, que tocava surf-instro experimental, e com a qual se reuniria para gravar na metade de 2000. Tudo bem, foi muito bom fazer um barulho com os amigos e assim se (re)descobrir como músico. Entretanto, o melhor ainda estava por vir...


Um Pingo de Alguma Coisa...

Foi com o single Backintheday (1995), que Tommy Guerrero descobriu que podia se sair tão bem em algo quanto no skate. Seu rock instrumental viajandão, influenciado por toda sorte de sons, tornava-se aos poucos uma febre, não apenas por entre esqueitistas e surfistas, mas por todo canto onde hovesse ávidos curtidores de boa música. Afinal, fundir com tamanha elegância música do terceiro mundo a rítimos tão amricanos como o blues e o jazz, não era tarefa para qualquer um.
Em três anos de árduo trabalho, Guerrero adotou um rítmo mais compassado em sua produção sonora, lançando discos quase que anualmente. Começou com Loose Grooves & Bastard Blues(1998) e sucedeu-se como A Little Bit Of Somethin' (1999), Hoy Yen Ass'n (2000), Junky Collector (2001), Soul Food Taqueria (2003), Year of the Monkey (2005), From The Soil To The Soul (2006), Return of the Bastard (2008, uma clara homenagem ao seu primeiro full cd) e Lord Newborn and The Magic Skulls (2009). Em 2002, mixou e compilou a coletânea Another Late Nights: Tommy Guerrero, parte da série Late Night Tales.


Ao vivo, no Festival Alma Surf - foto: Gideonis Jr.


Em julho do ano passado, Tommy Guerrero aportou em nosso amado país e tocou na sexta edição do Festival Alma Surf, em São Paulo e, como não podia ser diferente, além de hipnotizar a platéia, também conquistou uma nova legião de fãs.

Max Merege, colunista do Folha 3, é publicitário por profissão, filósofo amador, esqueitista aposentado e musicófilo compulsivo. Nunca perde a chance de uma boa discussão sobre música, filmes e idéias.

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Publicado no Caderno Folha 3 do Jornal Folha do Estado, domingo, 17 de janeiro de 2010.




1985 - Future Primitive - dir. Stacy Peralta


1993 - the REAL video




Blue Masses


Pescado Frito


The Simple Man

MC5

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Queridos leitores,
Sei que o quanto sentiram minha falta por essas últimas semanas. Pois bem, o "recesso" foi algo mais do que necessário, pois como todos já estamos cansados de saber, pesquisadores nunca entram em recesso de fato, já que a cada segundo poem suas cabeças para funcionar, seja atrás de novidades do presente ou desenterrando tesouros do passado.
Não faz muito, fui para Curitiba, passar o Natal com meus familiares que moram por lá, e nesse ensejo aproveitei para dar umas saídas, rever lugares e reencontrar antigos companheiros. Numa dessas, fui tomar uma cerveja no famoso Chinaski Bar e lá eu vi meu velho amigo Daniel Cana com uma camiseta do MC5. Não resisti e lhe fiz uma proposta: "hey, Cana, quer trocar essa camiseta por uma novinha da Santa Cruz Skate ?" Ele olhou, pensou... e disse: "valeu mesmo, Max, mas essa aqui é preciosa pra mim; afinal, ganhei numa aposta com o Paulo Bosta". Beleza! Nisso eu tive um estalo, já que fazia um bom tempo que o Henhippie me cobrava uma matéria sobre esses caras e eu sempre postergava. Bem que eu podia escrever sobre um grande ídolo meu, o Rei do Rock, Elvis Aaron Presley; afinal, comemoramos seus 75 anos, mas não! Até porque o que não falta é veículo falando d'Ele. Assim sendo, com vocês, hoje: MC5 !


Heróis da Pauleira

Primeiramente, MC5 não é banda de funk e nem tampouco um grupo de hip-hop com cinco MCs, mas uma turma que lançou as sementes do rock pauleira das décadas posteriores aos 60 até os dias de hoje, e cuja nome significa Motor City Five (trad: Os Cinco da Cidade Motor), já que aludia à vida na cidade de norte-americana de Detroit, terra da Ford, GM, Chrysler etc e de um GP de Formula 1. Ou seja, MC5 é certeza de rock de altíssima octanagem, já que todos os seus membros aprenderam antes mesmo de tocar a distiguir os carros pelo barulho do motor.
Começaram a tocar em 1964, pelo circuito de colégios e tudo quanto era biboca da região de Detroit e Ann Arbour, influenciados principalmente pelo rhythm'n'blues de Chicago e, é claro, pelo ronco dos motores. A banda começou com os amigos de infância e guitarristas Fred "Sonic" Smith & Wayne Kramer, que em seguida recrutariam Rob Tyner para os vocais, Pat Burrows para o baixo e Bob Gaspar para a bateria. Tornaram-se os Reis da área e literalmente bagunçaram o coreto na região!
Tanto sua sonoridade quanto sua postura política e o teor de suas letras refletiam algo extremamente revolucionário, e isso sempre mantinha a polícia no seu pé. Lançaram no comecinho de 68 o seu primeiro single: "Borderline" e "Looking at You." Ainda na mesma época, Danny Fields, executivo da Elektra Records, deu o ar da graça por Detroit e acabou contratando o MC5 e seus conterrâneos, os Stooges. Danny Fields entrou para a história e arrumou uma bomba nuclear para a vida, já que tanto MC5 quanto os Stooges faziam os Doors (outro nome de peso da gravadora então) parecem mocinhos de família. No Halloween do mesmo ano gravaram ao vivo no Detroit's Grand Ballroom todo o material que figuraria no antológico disco "Kick Out The Jams". "Kick Ou The Jams", aliás, deu o que falar na época, já que na música, originalmente, Rob Tyner gritava "Kick Out The Jams! Motherfuckers!!!!!!" ("Vamos quebrar essa po**a, seus FDPs!!!!!"). Ao mesmo tempo em que lojas se recusavam a vender o disco, a gravadora instruia os rapazes a trocarem o "motherfuckers" por "brothers and sisters".
Partidários de esquerda, muito anos antes do Rage Against The Machine sonhar em se engajar politicamente, eles já integravam a turma dos White Panters, um grupo parceiro dos Black Panthers e que também brigava contra as desigualdades sociais e a guerra do Vietnã. Até o final da banda, gavariam ainda outros dois elepês: "Back In The USA" e "High Time".
Entretanto, mesmo tendo o grupo "pendurado as chuteiras" em 1972, seu legado continuou avassalador, pois tornaram-se influência sagrada tanto para o punk quanto para o metal e todo o rock alternativo em geral. Iggy Pop & The Stooges, Motorhead, Kiss, Ramones, Damned, Radio Birdman, The Germs, Greg Sage & The Wipers, Sonic Youth, Mudhoney etc etc etc.
Nesse meio tempo, cada um seguiu sua vida... Fred Smith, junto com Scott Asheton (Stooges), formou a Sonic's Rendevouz Band, e anos mais tarde casou-se com Pat Smith, mas morreu de câncer em 1994; Wayne Kramer circulou entre o céu e o inferno na terra, tendo até passado uns bons anos no xadrez por porte de drogas; recuperou-se e voltou para o rock nos anos 90, tendo lançado um bom material pelo selo Epitaph. Robin Tyner se tornou um grande produtor na região do Michigan, gravou um disco-solo em 1990, mas morreu no ano seguinte de ataque cardiáco.

De volta aos palcos...

Em 2003, os três sobreviventes - Wayne Kramer, Michael Davis e Dennis Thompson - fizeram uma bela reunião no clássico 100 Club de Londres. Das participações, ninguém menos que Nickie Anderson (The Hellacopters), Dave Vanian (The Damned), Lemmy Kilminster (Motorhead) e muitos mais. Sucesso este que se repetiu nos anos porteriores, contando inclusive com tours e uma vinda ao Brasil, com direito a aparição no programa do Jô Soares. Desde 2005 a banda tem seguido na estrada com o apoio vocal de Handsome Dick Manitoba, o lendário cantor dos Dictators.

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Publicado no jornal Folha do Estado, dia 10 de Janeiro de 2010.




KICK OUT THE
JAMS (a original!!!)


LOOKING AT YOU


BLACK TO COMM


RAMBLING ROSE


SISTER ANNE (2003, c/ Lemmy Kilminster)


HIGHSCHOOL [nadavê com a banda emo de Cuiaba! huahuahua]
(2003, c/ Dave Vanian)


KICK OUT THE JAMS (Rage Against the Machine)


KICK OUT THE JAMS (Pearl Jam + Mudhoney)


KICK OUT THE JAMS (Hellacopters)



KICK OUT THE JAMS (Silva axé ! ops... Silverchair)
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Neste sábado uma das bandas associadas à "Aliança Hard 'N' Heavy", o Mad Sozen, se apresentará no Blues Moto Bar, pequeno estabelecimento localizado na Rua Presidente Marques 463, esquina com a rua Marechal Floriano Peixoto, Centro de Cuiabá.

Mad Sozen é uma banda de hard rock criado no final de 2008, cujas influências são bandas internacionais como Bon Jovi, Nirvana, Scorpions, Queen, Kiss e principalmente Guns n' Roses. Formada por Caio Sky, Matheus Picco, Lucas Weimar e Alisson Ceratti.

Àqueles que ainda não conhecem o trabalho dessa rapaziada, basta acessar o MY SPACE Mad Sozen (clique no link).
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Uma programação cultural diversificada, de alto nível e gratuita! Assim, definimos o calendário de atividades culturais do Sesc Arsenal no mês de janeiro.

Aqui apenas uma parte da programação, relacionada ao cinema:

1. MOSTRA PRIMEIROS ERROS

14/01 – BOM DIA (Diretor: Yasujiro Ozu)
15/01 – MACHUCA (Diretor: Andrés Wood)
16/01 – LEOLO (Diretor: Jean-Claude Lauzon)
19h - CineSESC - Entrada Franca

2. MOSTRA CINEMA DA PALAVRA

21/01 – LAVOURA ARCAICA (Diretor: Luiz Fernando Carvalho)
22/01 – SÃO BERNARDO (Diretor: Leon Hirszman)
23/01 – MACUNAÍMA (Diretor: Joaquim Pedro de Andrade)
28/01 – O ENFERMEIRO (Diretor: Mauro Farias)
29/01 – ESTORVO (Diretor: Ruy Guerra)
30/01 – O POETA DE SETE FACES (Diretor: Paulo Thiago)

19h - CineSESC - Entrada Franca

3. SESSÃO PIPOCA

Dia 17/01
17h - AZUR E ASMAR
19h - COLETÂNEA DE CURTAS-METRAGENS

Dia 24/01
17h - O PEQUENO NARIGUDO
19h - COLETÂNEA DE CURTAS-METRAGENS

Dia 31/01
17h - AZUR E ASMAR
19h - COLETÂNEA DE CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS

Confira a progração completa AQUI (clique no link).

* Sesc Arsenal está localizado na Rua 13 de junho, s/nº - 78.020-001 - Centro Sul – Cuiabá-MT.
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Junior Conan - Pé-Rachado 2009.

Acabaram de lançar a nova música no My Space. Como as demais, é marcada por uma letra bem humorada, irreverente, com uma pegada forte e definida da bateria, extremamente alinhada com a linha de baixo e com uma grande presença da guitarra, com riffs ala Led Zeppelin.

Pé-Rachado e os Porras Lokas, para os desinformados, atualmente é formada pelo quarteto Marcelo Morto, Douglas Valderrama, André Cobra e Junior Conan. Para conferirem agora mesmo o single, cujo título é "Cuca", basta acessar o

MY SPACE PÉ-RACHADO (clique no link).

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Marcos Borges, o vocalista.


Lynhas de Montagem é uma das bandas com maior tempo de estrada dentro do Rock Cuiabano. Atualmente está fazendo testes com baixistas e bateristas. Quem não conhece a banda ou quer conhecer mais do ótimo trabalho que fazem, basta acessar o MY SPACE (clique no link).

Os interessados podem deixar um scrap neste perfil no orkut (clique no link) ou entrarem em contato com o fone 81428979
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O termo "supergrupo" foi cunhado na segunda metade dos anos 60 por ocasião da formação do Cream, que, como você sabe, era formado por três músicos conhecidíssimos na cena musical inglesa da época e que eram oriundos de grupos famosos - Eric Clapton veio da banda de John Mayall, o Blues Breakers; Jack Bruce saiu do Manfred Mann e Ginger Baker era oriundo do Graham Bond Organization.

A partir de então, toda vez que músicos de outras bandas se reuniam, a palavra "supergrupo" era usada sem parcimônia tanto pela critica especializada quanto pelo público - o exemplo mais recente disso foi o hoje extinto Audioslave, que trazia ¾ do Rage Against the Machine ao lado do ex-vocalista do Soundgarden, Chris Cornell.

Pois bem, a palavra veio à mente de todos quando, em uma entrevista para a ótima revista inglesa Mojo, Dave Grohl disse que iria criar um projeto ao lado de Josh Homme (líder do Queens of the Stone Age) e o mítico ex-baixista do Led Zeppelin, John Paul Jones. Quatro anos depois, o resultado disso está em um dos mais aguardados discos de estreia dos últimos tempos.

Batizado com o nome do grupo - Them Crooked Vultures -, o CD que acaba de ser lançado no Brasil deixa claro que um "supergrupo" tem que fazer jus ao termo não apenas reunindo figuras estelares, mas também apresentando um resultado musical acima da média. E é justamente o ponto alto deste disco.

Chega a ser uma experiência desconcertante ouvir a faixa de abertura, "No One Loves Me & Neither Do I", e perceber uma nítida influência do... Cream! Na primeira parte da canção, até mesmo a voz de Homme emula as linhas vocais que fizeram a fama de Bruce como vocalista, ao lado de um certo "distanciamento" sonoro que remete à sonoridade do trio sessentista. Na segunda parte, têm-se a impressão que a banda resolveu homenagear o Led Zeppelin, tamanha é a potência imprimida ao som, com Grohl fazendo uma típica levada do falecido John Bonham e Jones "engordurando" a canção com linhas sinuosas e quebradas.

Em "Mind Eraser, No Chaser", o trio se aproxima de um cruzamento do QotSA com o Foo Fighters, só que encharcado em óleos 'zeppelinianos', o mesmo acontecendo nas ótimas "New Fang", "Bandoliers" e "Dead End Friends".

Os ecos de Led Zeppelin aparecem mais explicitamente na pesadíssima e quase 'quebrada' "Elephants", com Homme fazendo um trabalho guitarrístico que deixaria o próprio Jimmy Page orgulhoso (veja aqui esta paulada ). Como não lembrar de um dos maiores clássicos da ex-banda de Jones ("Trampled Underfoot") quando este enxerta levadas de clavinete no meio de uma saraivada de guitarras e da poderosa bateria de Grohl em "Scumbug Blues" (veja aqui), outra faixa em que Homme homenageia os vocais do lendário baixista do Cream? Isso sem contar a psicodelia psicótica de "Caligula Love".

Para quem gosta de pequenos experimentalismos, "Reptiles" traz vocalizações inusitadas e licks de guitarra meio bizarros em cumplicidade com uma levada rítmica não menos que sensacional. Há também o clima sombrio de "Interlude with Ludes" e as intensas variações de dinâmicas e atmosferas sônicas em "Warsaw or the First Breath You Take After You Give Up" e "Spinning in Daffodils".

Em tempos em que qualquer banda de zé-manés é chamada de "clássica", não deixa de ser reconfortante saber que existem três caras fazendo um som que pode levar as futuras gerações a gostarem de algo chamado "música".

Aqui alguns videos do "supergrupo":







FONTE: YAHOO ENTRETENIMENTO
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Nessas andanças pelo youtube da vida conheci duas bandas muito boas de Portugal.

A primeira é a “Born a Lion” com seu rock’n’roll “vintage” vigoroso e cru com ares de Blues e Southern Rock. A banda tem uma intrigante formação: um Power Trio no qual o brasileiro Rodrigo Cassiano assume o vocal e a bateria. Originários em 2005 na cidade de Marina, Born a Lion é formada por Rodrigo Cassiano (voz e bateria), Bruno Cantanhede (guitarra) e Zé Cariano (baixo). Apesar de ter no mesmo nome de um álbum da banda Canadense Danko Jokes a banda diz ser isso apenas coincidência.

Myspace: http://www.myspace.com/bornalionband


Videoclipe da música "My Black Horse"


Enquanto a Born a Lion encanta pela crueza, a Peixe:Avião se destaca pela introspecção sofisticada tanto no som quanto na viagem verbal de Ronaldo Fonseca. Começando pela release da banda: Enquanto nadava, um peixe que assobiava bolhas e acordes pensou para si: “Como será o som fora de água? Só há uma maneira de saber… tenho de aprender a voar.” E assim nasceu o peixe : avião e a sua música. Aprender a voar, mesmo sem penas, através da imaginação. Fluir como nadar, mesmo na ausência de água, através do pensamento.

Obviamente muitos apresados vão logo carimbar: Peixe:Avião = Clone do Radiohead. Mas devemos lembrar essa estética vem de longe, desde o rock progressivo e psicodélico. O grande lance é viajar junto, e ainda aprender algum vocabulário lusitano!

Myspace: http://www.myspace.com/peixeaviao


Peixe : Avião - Camaleão

talvez ainda esteja, antes de amanhecer, a dormir acordado

como quem esteja a dormir num dia mau, e não queira que acabe ali

solto-me ao rigor de deixar-me improvisar, no pior que aconteça

se deixasse ver um bocado mais de mim, perderia o disfarce

sou um gigante na sombra que colhi das formas e peles que encarno ao calhas;

vestido de gente, sou como faço crer: dissimulante.

sou como um licor de sabor abandonado: mau de azedume

amansei o travo e a urgência de beber dos lábios veneno

sou um gigante na sombra que colhi das formas e peles que encarno ao calhas

vestido de gente, sou como faço crer: dissimulante.


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