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Até hoje sua origem provoca discussões acaloradas, pois enquanto para alguns, surgiu nos EUA, em 1975, com a banda The Cramps; para outros, a coisa nasceu mesmo na Inglaterra, em 1980, com a banda The Meteors. Fato é que um bom psychobilly pode se resumir a um aguçado senso de humor-negro, combinado com frases musicais pra lá de manjadas de country e blues, mas com uma dose cavalar de malandragem que estilo nenhum poderia propiciar. Enfim, trata-se do estilo que melhor funde rock'n'roll e demência!

A configuração dos instrumentos é a mais básica possível: uma guitarra semi-acústica, um contra-baixo acústico do tipo rabecão e uma bateria com meia-dúzia de peças para se tocar de pé. Simples, porém incrivelmente eficaz!

Dentre suas maiores influências, podemos citar muita música demente dos anos 50 e 60 (principalmente!), filmes de terror e quadrinhos também.

Segundo os Cramps, a banda "marco zero" do estilo, suas referências musicais se apresentam em três pincipais eixos: rockabilly, surf music e 60's garage.


Lux Interior & Poison Ivy, THE CRAMPS - banda marco zero!

Quanto aos filmes, quanto mais barato e medonho, melhor! Recomenda-se muita coisa de Roger Corman, Ed Wood, Russ Meyer, H.G. Lewis, Zé do Caixão, George Romero, Tobe Hopper e o Psicose de Hitchcock também. Daí em diante as coisas evoluem para melhor como faroeste italiano, kung-fu chinês, exploitation, superman turco, batman indiano etc. Enfim, tudo em nome de uma boa diversão.

O Epicentro Europeu
Apesar da influência nitidamente norte-americana, o psychobilly aconteceu mesmo na Europa, a começar pelo lendário Klub Foot de Londres, que além de receber nomes locais como os Meteors, Guana Batz, Sharks, Coffin Nails, King Kurt, Restles e Frantic Flintstones, recebia também muitas bandas vindas de outros cantos da Europa, como era o caso da holandesa Batmobile ou das alemãs P.O.X. e Sunny Domestoez.


THE METEORS - mestres do psychobilly europeu

Hoje, no lugar do Klub Foot existe uma estação de trem, mas isso não significou o fim dos shows, pois de um jeito ou de outro a coisa continuou bombando pela Europa. Na Dinamarca os Nekromantix já apavoravam com sua combinação insana de psychobilly e speed metal; na Alemanha, o Mad Sin já quebrava tudo e ilhas britânicas, Demented Are Go! (Gales) e Klingonz (Irlanda) literalmente bagunçavam o coreto!


Brasil
Quanto ao Brasil, no ABC paulista a banda Kães Vadius abria o caminho para outros conterrâneos como o S.A.R. e os K-Billy's, e para os cariocas d'A Grande Trepada (a.k.a. Big Trep). Em '89 foi lançada a coletânea Devil Party, a primeira compilação do gênero por aqui. No mesmo período, o finado selo Stiletto lançava os discos "Sewertime Blues" dos Meteors, e "Live Over London" dos Guana

Batz, que também vieram tocar no Brasil, bem como as memoráveis apresentações dos Stray Cats.

Paraná
Nos anos 90, enquanto a Europa era sacudida por uma enxurrada de bandas psycho, Curitiba se tornava o principal centro do gênero no continente americano. Começou com os Missionários, seguiu com os Cervejas, Os Krápulas e Ovos Presley, e teve seu ápice com os Catalépticos, entre '97 e '06.

A cena curitibana ganhou renome internacional não só com o sucesso d'Os Catalépticos em terras européias, mas também por meio de dois grandes festivais: o Psycho Carnival, que abrange os dias do carnaval; e o Psycho Fest, que rola geralmente entre julho e setembro. Ambos contam, todos os anos, com a presença de algumas bandas gringas de renome, e tudo isso, contando com um público oriundo de todas as partes do Brasil e do mundo.

Cartaz PSYCHO CARNIVAL


De lá pra cá, uma fortíssima cena desenvolveu-se em Londrina e as únicas bandas curitibanas do primeiro "boom" que sobreviveram foram Krápulas e Ovos Presley. Muitas outras grandes bandas surgiram depois, mas isso já é um assunto para a gente comentar outro dia.

CATALEPTICOS:


Oportunidade em Cuiabá


Foto do baixista Peter G.Vögeli, fundador da banda CENOBITES (Rotterdan - NL)

Aliás, como Curitiba terá um Psycho Carnival nos dias 19 e 20, os holandeses da banda Cenobites, aproveitando a passagem pelo Brasil, tocarão em Cuiabá também, na sexta-feira, dia 20 de Fevereiro. De fato é uma pena que as bandas de abertura sejam muito aquém ao que sua estrada e talento de fato exigem. Enfim, para curtir um bom show de power-psychobilly, vale qualquer esforço... até mesmo aguentar um porre de bandas indigestas. Por hoje é isso. Semana que vem tem mais!

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Max Merege é um sujeito de Cuiabá que conhece e curte psychobilly há
mais de 20 anos!

1 Comentario para ENROLANDO O ROCK: "PSYCHOBILLY: paternidade de um estilo bastardo" por Max Merege.

10 de fevereiro de 2009 às 21:48

EBA !!!!!!!!!!!!!

BORA JOGAR LATINHA NO LINHA DURA!!!!!!!!!

...LATINHA CHEIA DE MIJO AINDA !!!!!

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