Posted by Maximiliano Merege Categories: Marcadores: , , , ,
por Max Merege


Por volta de 1991, além d'eu andar de esqueite, eu costumava ouvir muitas e muitas fitas de punk, post-punk, muito Cramps, e de excelentes coisas que mais tarde haveriam de ser incorporadas ao insuportável mundinho indy, como Pixies, Sonic Youth e shoegazers como The Jesus & Mary Chain.

Acabaram-se as aulas e um novo ano já começava - verão '92. Tudo bem que Metallica tocava com tudo seus hits "Enter Sandman" e "The Unforgiven", mas o que me chamou mesmo a atenção foram umas duas músicas que passaram a tocar direto em tudo que era canto...
Baixos com forte reverb, distorção tosca nas guitarras, bateria bem marcada e vocal arrastado... às primeiras ouvidas, eu podia jurar que auqeles sons podiam ser faixas não lançados do album "Doolittle" dos Pixies (aquele um do Macaquinho na capa!), mas só depois é que eu ouvi a voz do rádio dizer:

_ ... e as últimas duas, 'Smells Like Teen Spirit' e 'Come As You Are', com Nirvana...

Enfim eu consegui gravar uma fita daquele disco inteirinho, e o melhor: gravada de CD!
O legal foi que uma semana depois eu acabei ganhando dum amigo o disco "Bleach", que apesar de não ter nenhuma daquelas pedradas, ainda era um ótimo disco, pois guardava muito da veia punk e em vários momentos remetia a coisas que já tinha em meu acervo de fitas, como Greg Sage, Hüsker Dü, Mudhonney e, é claro, o "disco das velas" do Sonic Youth.

Apesar d'eu sempre buscar coisas novas d'entre as paradas mais antigas, esse Nirvana dos dois primeiros continuava sendo presença constante nas festinhas e onde quer que pudéssemos tocar as fitas.

Passado um tempinnho, saiu um disco novo deles: In Utero! Bem alegre, tratei de providenciar uma cópia... à primeira ouvida, parecia ser legalzinho, mas deu que ouvir aquele disco todo acabou sendo um martírio para mim. Também pudera, o Kurdt Cobain, do jeito que apercia naquele disco, já denotava que não ia agüentar 1 ano e meio... o disco em si tem muita coisa boa, mas o problema é a forma como ele foi compilado. Ou seja, a ordem das músicas parecia não ajudou muito.

Depois dessa, nada como voltar aos "clássicos", e foi o que rolou! A não ser uma coletânea de lados Z deles só com material da época dos dois primeiros discos, o Incesticide. Foi bom! Valeu a pena! Tinha tudo o que eu precisava ouvir depois daquela tensão!

No começo de '93, os caras vieram para o Brasil. Curtiram umas baladas na companhia do João Gordo, gravaram todo um disco do Hole, e tocaram no Hollywood Rock. O show deles foi uma merda!
Enfim, ainda valia mais a pena curtir o material dequele discos: Nevermind, Bleach e Incesticide; pois de resto, o Nirvana já estava chato!

Não demorou muito e próprio Kurdt Cobain não agüentou segurar a barra de toda aquela pressão, vinda da gravadora, tournées monstruosas, tocar para milhares e não ver ninguém, etc. Em abril de '94 virou notícia em tudo quanto foi lugar que o cara tinha metido uma azeitona na própria cabeça. Foi bem chato!
Mas para consolo dos inconsoláveis fãs, fora lançado um disco bem interessante em seguida: o acústico da MTV. Foi uma agradável surpresa, pois além de ter coisas do Nevermind como "Come As You Are" e "Polly", o disco trouxe também releituras muito interessantes, como "Jesus Doesn't Want Me For a Sunbean", dos Vaselines, e "The Man Who sold The World", do camaleão David Bowie.

Pode-se dizer que eu ouvi esse disco à exaustão, mas os anos passaram... Dave Groll se deu bem com o Foo Fighters, Chris Novosellic formou o Sweet 66 e se meteu num monte de outros projetos; Courtney Love, a viúva de Kurt, seguiu com a carreira de atriz e à frente do Hole. Dizem as boas e más línguas que sua filha Francis Bean tem morado com a madrinha Drew Barrymore, por sentir vergonha da mãe e por culpá-la pela morte do pai. Enfim, em casos assim só o tempo mesmo para ser um bom remédio...

De resto, vale lembrar aqui que nesse sábado vai rolar um evento regado a Nirvana lá no Dog ( Caverna's ), comandado pela gurizada do Branco Ou Tinto. Não se trata de uma festinha caça-níqueis recheada de covers feitos fidedignamente de modo desalmado, mas de um encontro de fãs e de gente que curte muita coisa relacionada também.

4 Comentario para Nirvana na minha vida

Anônimo
19 de dezembro de 2008 às 02:04

nirvana é bom demais!
sábado eu já tô lá ;)

Anônimo
19 de dezembro de 2008 às 08:45

Nirvana foi uma das útimas grandes bandas de rock que já tivemos, e Kurt Cobain, um personagem bem emblemático quando nos remetemos ao que se chama de "rock comportamento".

Me lembro a primeira vez que ouvi Nirvana... foi um verdadeiro tapa na cara. Dali em diante comprei um violão e aprendi "Come As You Are", como todos os garotos da época.rs

Sábado é certeza que estou lá!

R
19 de dezembro de 2008 às 14:37

Parece que todos começam a tocar violão pelo clássico riff de "come as you are". Também, sucesso até hoje! Grunge is not dead... :)

19 de dezembro de 2008 às 15:11

NAO CURTO NIRVANA, O CARA SOMENTE GRITAVA PORRA.

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