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Ensinaram-nos a estabelecer tantas diferenças para as coisas, que, a todo instante as coisas insistem em se revelar a nós, e mesmo assim, insistimos em não compreender, visto que, o que nos fizeram ver sobre o mundo e sobre todas as coisas, às vezes não passa de meras idéias sobre essas coisas.

Se alguém vendar os olhos e passar diante de uma lâmpada, saberá que passou perto de um facho de luz; se entrar logo em seguida num ambiente escuro, o cérebro capta instantaneamente as diferenças de ambiência.

O efeito da luz sob os olhos vendados, é um efeito semelhante aos lampejos de luminosidade que se forma na escuridão da mente, entre outras mil cores que são formadas no cérebro. A diferença, no sentido físico, da luz da lâmpada e dos lampejos do cérebro, está exatamente na concentração ou na intensidade de emissão da mesma.

O cérebro, assim como o acendedor da lâmpada, pode reter ou liberar luz, pode ser manipulado ou controlado por comandos que venha de uma certa intenção do acendedor. Não existe diferenças de formato ou nenhum abismo entre a energia da lâmpada e a do cérebro: é próprio de nós humanos categorizar nossos entendimentos, a interpretação e as idéias que fazemos sobre nós mesmos, por isso, o que faz haver diferença entre a luz da lâmpada e os lampejos do cérebro (não duvido que seja a intensidade intencional de quem aciona o comando), mas, é acima de tudo, uma diferença conceitual, uma diferença de percepção.

A fonte da luz de uma lâmpada é a água, que, represada e canalizada gera a força, numa potencia que movimenta turbinas e motores, que por sua vez, convertem essa força (potencial) em força concentrada (elétrica, da qual utilizamos em nossas casas).

O movimento dos elementos que constitui a natureza (ar, água, terra, fogo e escuridão), gera efeitos de energia, e, consequentemente de força. Isso acontece naturalmente, com a mesma naturalidade dos pensamentos, que também nascem do movimento do corpo em relação ao seu interior (órgãos) e sua interação com o ambiente, gerando os desejos e as idéias, que consequentemente gera e causa impactos potenciais internamente ou no ambiente, impactos de força, ou de luz, que conceitualmente são a mesma coisa.

(João Santana – filósofo, artista-educador (Instituto Mão Dupla)_ 24 de agosto, de 2008)

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