Posted by Mr. BarNeY... Categories:


Olá criançada do rock'n Roll! Vocês que estão ai provavelmente ouvindo algum sonzinho bacana, mas que não tem a mínima idéia de que contexto derivou este estímulo mental, nós da Equipe OCT viemos aqui para lhe dar essa colher de chá. Como diria o programa Ratimbum da TV Cultura: Senta que lá vem história!

Era uma vez, lá pelo começo dos anos 50, uma garotada rebelde e sem perspectivas de vida do sul dos States que não queria saber de mais nada além de se drogar e usar a inspiração para fazer o sonzinho que os seus pais inventaram na roça pelos cabarés de St. Louis e região. Com seus baixos rabecões, guitarras acústicas, piano, alguns Sax's e trompetes e uma bateria da louca, os garotos mandavam um som por vezes melancólico e com letras tristes que gostavam de denominar de "blues", outras vezes com uma sonzeira mais dançante, contagiante como um ritual, chamado de Jazz, e outro que contribuiu também na origem do nosso sertanejo, o Country, provando assim que toda moeda tem seus dois lados. Esses sons foram se difundindo e se misturando, como é comum no ciclo de evolução musical (Pelo menos era comum até antes dos anos 2000, Será então o Funk o fim do mundo?), até que quase toda a juventude negra dos Estados Unidos já se rejubilava com esta nova onda de alegria e subliminar protesto. Mas tudo isso ainda era muito regional, sem grandes influências nacionais, como o rasqueado cuiabano, por exemplo. Até que em 1952, um cantor chamado Bill Haley carimbou o passaporte do rock para os grandes palcos lançando o Hit "Crazy Man Crazy". O sucesso desta música foi importante para a difusão deste estilo cultural, mas infelizmente ainda havia uma cultura muitíssimo forte de segregação entre as etinias daquele país, o que fez com que o rock fosse visto como um som de negro, e como negros eram vistos como marginais, ainda demorou um pouco para que o rock entrasse na sala de jantar das famílias americanas. Mas as produtoras da época, já recuperadas da segunda guerra e vendo que este era um ótimo nincho para investimentos, decidiram jogar um bode expiatório na mídia para que se popularizasse de vez o novo estilo; É ai que entra "O REI". Elvis Aaron Presley, ou Elvis the Pelvis, um caminhoneiro mala (E branco) que fazia sucesso entre a mulherada e que tinha uma voz digna de sucesso foi chamado para debaixo dos holofotes, o que atraiu todos os olhares para aquela movimentação fornicática musical. Depois deste Boom na mídia, outros artistas também receberam o seu reconhecimento popular, como o lendário Chuck Berry com a sua guitarra Gibson Johnny be Good Signatures e a excêntrica e frenética tríade de pianistas: Little Richard, Jerry Lee Lewis e Ray Charles. Aliás, Little Richard foi o primeiro a constar nas páginas das curiosidades cabulosas e cabeludas do Rock'n Roll. Largou a fama para se casar com a sua prima de 13 anos, e isso tudo ele ainda sendo casado com outra mulher. Cabulosidades a parte, Vale a pena Ouvir o Hit Tutti Frutti. Além disto, outras vertentes foram ficando conhecidas, como o Rhythm and Blues, aonde seus maiores expoentes foram BB King e Stevie Ray Vaughan (Que também são lembrados como os Deuses do Blues) e as Boy Bands, que eram grupos vocais, sem instrumentos.

Na próxima edição do nosso almanaRoque, iremos falar um pouco sobre as bandas dos Anos 60 e a popularização na mídia de outro instrumento usado no rock: As drogas.

Até a próxima e bom Roquenrou!

11 Comentario para AlmanaRoque - Parte 1

14 de abril de 2008 às 14:41

é mandou bem maluco!

14 de abril de 2008 às 14:41

Muito boa a matéria...
Ressaltando que o "Rei" Elvis Presley, foi apenas um peça que fez parte de uma conspiração da Mídia Norte-Americana para comercializar mais este estilo musical.
Pois não seria muito agradavel as familias tradicionais, verem sues filhos tendo como ídolos (Pessoas Negras).
...

Porcos Racistas!

14 de abril de 2008 às 16:20

É, mas ainda bem que até o seu capitalismo tem o seu outro lado da moeda, pois senão, Elvis provavelmente continuaria sendo um caminhoneiro.

14 de abril de 2008 às 16:27

Sim mais...
Engolir um Sucesso fabricado é foda.

14 de abril de 2008 às 16:40

Ficou massa!

Mas faltou coisa pacaraio ...

tipo negros segregados tocando hillbilly de brancos pobres e brancos pobres tocando blues de negros segragados. Enfim, os filhos da grande depressão fazendo música de "comunista" em plenos tempos de McCartismo.

Faltou citar tbm:
- Ray Charles
- Carl Perkins
- Johnny Cash
- Jerry Lee Lewis
etc

abração.

Anônimo
14 de abril de 2008 às 16:41

Muito interessante!!! Legal saber que, além de ficar a par das novidades da OCT, o blog também fala um pouco sobre a história do nosso bom e velho Rock'n Roll!!!

14 de abril de 2008 às 17:01

Realmente Mass! Ray Charles é Rock N Roll pra caralho! Puta filme, o Ray. referência bacana...

14 de abril de 2008 às 17:16

Merda. Vocês estão certos. Esquecer de Ray Charles e Jerry Lee Lewis é pecado mesmo. Já estou arrumando.

14 de abril de 2008 às 20:31

Muito legal Barney!Parabéns pela iniciativa!
(Bruno/Pleyades)

Anônimo
15 de abril de 2008 às 13:19

"Esses sons foram se difundindo e se misturando, como é comum no ciclo de evolução musical (Pelo menos era comum até antes dos anos 2000, Será então o Funk o fim do mundo?)"

o funk é o eletrônico brasileiro rapaz! Os brancos americanos segregaram o blues por nascer dos negros, e você ta aí agora segregando o funk por nascer da favela!!

Acorda!

15 de abril de 2008 às 20:46

Aff... É por causa de comentários capiciosos como esses que a OCT cresce cada dia mais. Amigo, eu me referi ao funk por ser uma música prioritariamente comercial, sem alma dos artistas, sem interesse em revoluções culturais. Aliás, existe muito som bom oriundo das favelas sim, como por exemplo o hip-hop, o choro, o samba. Pois é amigão, acorda!

Mas, como diria Voltaire: Posso não concordar com as suas palavras, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las.

Ah, só pra constar: O show do Racionais foi do caralho!

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